O mercado de cosméticos cruelty free atingirá US$ 14,23 bilhões até 2030, crescendo a um CAGR de 4,56% durante o período (2022-2030), conforme relatório do Market Research Future

Um produto cruelty free é aquele que não realiza testes em animais em nenhuma etapa de seu processo produtivo, enquanto um produto vegano é aquele que não tem nenhum tipo de matéria-prima de origem animal. 

A maior adoção do veganismo faz com que mais consumidores procurem itens que não foram testados em animais, além disso, foi informado que mais pessoas buscam cosméticos cruelty free devido a seus ingredientes. 

“Os consumidores acompanham constantemente a composição dos cosméticos antes de comprá-los. Cosméticos livres de crueldade não contêm produtos químicos nocivos e são, principalmente, não comedogênicos, portanto, são amplamente utilizados nas rotinas de cuidados com a pele”, comentou a instituição em um comunicado

Além disso, cada vez mais consumidores estão se conscientizando sobre os impactos que suas compras tem no meio ambiente e na sociedade, portanto, o mercado de cosméticos não fica fora dessa! 

O desafio do mercado é o fato das marcas sentirem dificuldade em adquirir ingredientes orgânicos. 

Análise regional do mercado de cosméticos cruelty free 

Quem lidera esse segmento é a América do Norte, especialmente devido ao aumento das vendas nas regiões dos Estados Unidos e Canadá junto com a adoção do veganismo. 

Quanto a Europa, é informado que essa região conquistará uma posição de destaque no mercado mundial nos próximos anos, devido à preferência do consumidor por esses produtos e leis rígidas do governo que desencorajam essa prática.  Já na Ásia Pacífico esse mercado é liderado por Japão e China, pois lojas de varejo oferecem diversos cosméticos cruelty free e orgânicos. 

As leis possuem um impacto direto nesse setor. Conforme a Humane Society, 41 países já aprovaram leis para limitar ou proibir testes de cosméticos realizados em animais, como: México, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Taiwan, União Europeia, Austrália, Colômbia, entre outros. 

Principais players do setor 

O relatório mencionou alguns dos principais players do setor e um deles é brasileiro! 

A Natura tem o selo Cruelty Free International, sendo que não testa em animais desde o ano de 2006. Os tipos de testes utilizados para garantir a segurança do produto são muito tecnológicos: human-on-a-chip (miniórgãos biofabricados em laboratórios que mimetizam os tecidos dos órgãos humanos), cultivo de folículo capilar em laboratório, bioimpressora que produz tecidos de modelos de pele, entre outros. 

No final do ano passado, a marca também anunciou que atingiu o marco de 90% de produtos veganos em seu portfólio. O único tipo de derivado de origem animal que utilizam é a cera de abelha presente em alguns itens, porém, a empresa também pretende substituí-lo nos próximos anos. 

Outras empresas citadas incluíram: e.l.f Cosmetics (EUA), Avalon Natural Products (EUA), Plum Goodness (Índia), Kosé Corporation (Japão), INIKA Organic (Austrália), entre outras. 

“Os principais fornecedores estão focados no desenvolvimento de novos produtos que atendem a todas as necessidades dos usuários finais para uma posição mais alta no mercado. Muitas empresas estão adotando estratégias de negócios como aquisições, fusões, parcerias e colaborações para uma melhor posição no mercado mundial”, explicou a instituição. 

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*Imagem de capa: Jumpstory

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