A Natura atingiu o marco de 90% de produtos veganos em todo seu portfólio! 

A empresa tem a meta de chegar a 100% de produtos veganos nos próximos anos, sendo que em comparação com 2020, esses produtos tiveram elevação de 6%. Legal, não é? 

O único derivado de origem animal que ainda faz parte de alguns itens do portfólio da Natura é a cera de abelha. Apesar de não ser mais utilizado em novos cosméticos, faz parte da composição de certos batons e máscaras de cílio. Mesmo assim, a empresa já afirmou que está substituindo essa substância gradualmente. 

Roseli Mello, líder global de Pesquisa e Desenvolvimento da Natura, disse em uma comunicação: “Temos um pipeline previsto para substituir completamente a cera de abelha em todos os nossos produtos nos próximos anos. É um compromisso já assumido, que exige um trabalho incansável de inovação e de pesquisa em todo o mundo para encontrar os ingredientes ideais que apresentem as mesmas propriedades estruturantes de forma a manter a qualidade e a alta performance pelas quais nossos produtos são conhecidos”. 

Processo da Natura para ter mais produtos veganos 

Para chegar a esse marco, a Natura fez um processo de revisão no último ano, abrangendo a cadeia de fornecimento por completo da empresa, visando garantir que não houvesse a utilização de ingredientes de origem animal no fornecimento ou no processo de obtenção das matérias-primas. 

Segundo Roseli: “Esse movimento foi muito positivo e engajador porque estimulou todos os nossos parceiros a aprimorar seus próprios processos e cadeias, assegurando a não-utilização de nenhum ingrediente não-vegano”

Vale também ressaltar que a Natura não testa em animais desde 2006, tendo a certificação do Programa Leaping Bunny, da Cruelty Free International, e da PETA. Além disso, a cadeia produtiva é certificada com verificação por partes terceiras que são independentes, um exemplo é a Union for Ethical BioTrade (UEBT), organização sem fins lucrativos que promove um fornecimento respeitoso dos ingredientes da biodiversidade. 

Métodos alternativos aos testes em animais

Como falamos, a marca não testa em animais, por isso utiliza diversas tecnologias. Quer saber um pouco mais sobre elas? 

A Natura usa o human-on-a-chip, miniórgãos biofabricados em laboratório que mimetizam os tecidos de órgãos humanos, isso cria um sistema microfisiológico que reproduz o funcionamento do organismo humano. Dessa forma, os cientistas conseguem avaliar o efeito de um produto ou matéria-prima tanto nos órgãos humanos quanto na pele. 

Outro método é o cultivo de folículos de cabelo em laboratório. A gerente científica responsável pela aplicação dessa metodologia, Carla Scavanez, explicou: “Testamos os ingredientes ativos dos produtos no cabelo e no couro cabeludo, com foco em crescimento dos fios. Futuramente, queremos expandir para outras aplicações, como oleosidade e queda de cabelo”. 

Além disso, a Natura também usa a bioimpressora, desenvolvendo tecidos em 3D de modelos de pele. 

Outra ação da empresa  é ter uma área chamada Biodata Lab, onde especialistas em ciências da computação, big data, machine learning e inteligência artificial, buscam aumentar a capacidade de testes alternativos. 

A gerente científica de Segurança Humana e Métodos Alternativos, Kelen Fabiola Arroteia, destacou sobre a área: “São vários métodos que coexistem e se combinam para termos uma resposta em relação à eficácia e segurança. E agora fazemos isso em maior volume e em menos tempo com a adoção de metodologias computacionais”. 

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*Imagem: Divulgação Natura / via Istoé Dinheiro

Por Amanda Stucchi em 30 de novembro
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