Você sabia que os consumidores serão mais preocupados com o meio ambiente no pós-pandemia? 

“Há mais de um ano grande parte da população está se isolando e mudou completamente seus estilos de vida, tanto dentro quanto fora de casa”, relatou o estudo O Futuro da Beleza, elaborado em 2021. 

A pesquisa, feita pela plataforma de human analytics Mindminers, relatou que as questões que envolvem a responsabilidade social e ambiental das empresas estão ganhando mais relevância e são pontos de atenção do consumidor de forma horizontal. Portanto, está alcançando mercados diferentes e diferentes perfis de consumo. 

As entrevistas foram efetivadas por meio do aplicativo MeSeems — onde as pessoas compartilham suas opiniões e recebem pontos que podem ser trocados por prêmios — a maior faixa etária analisada por essa pesquisa foi a 45+ (30%), região sudeste (48%), classe social C (45%) e gênero feminino (52%). O total de participantes escutados pela empresa foi de 2.700 pessoas. 

Preocupação com meio ambiente no pós-pandemia 

Uma descoberta foi que após pensar na qualidade do produto e no preço (80%), a maior parte dos participantes prioriza a diversidade de opções (42%) e, depois, a responsabilidade ambiental (27%). 

Isso demonstra que o consumidor também está considerando a sustentabilidade ao realizar suas compras. 

É dito: “Ataques ao meio ambiente ao longo dos últimos meses despertaram um senso de urgência em relação às questões ambientais”. 

Outro fato relatado pelo estudo foi que 55% das pessoas têm o hábito de olhar a lista de ingredientes dos cosméticos ou produtos de cuidados pessoais. 

Aqui foi apontado que após os fatores de qualidade (71%) e do preço (63%), está a origem natural do produto (29%) no que as pessoas consideram mais valioso na escolha de um produto. 

Outras situações relacionadas com a sustentabilidade, é que 26% das pessoas priorizam uma lista de ingredientes limpos, 11% os produtos veganos e 9% as embalagens recicladas. 

Enquanto isso, as marcas mais associadas ao auto-cuidado da pele são: Nivea, Natura, Avon e O Boticário, nessa ordem.

Insatisfação com o próprio corpo durante a pandemia 

Outro dado foi que a pandemia fez a relação com o próprio corpo mudar — e para muitos piorar — 15% dos homens disseram que essa situação piorou a relação com seu corpo, enquanto esse número fica em 30% para as mulheres. 

Além disso, 76% dos homens estavam felizes com seu reflexo, enquanto o número fica em 55% para as mulheres. 

Também fizeram um recorte com a gordofobia — mostrando que 51% das pessoas gordas já foram alvos desse preconceito na vida real, sendo que 57% não recebeu apoio após essa situação. 

Pensando nessa faceta, também é dito que 75% das pessoas acreditam ser inspirador ver personagens gordos em novelas, filmes, comerciais, entre outros. Enquanto, 71% acreditam que as empresas de todos os setores deveriam repensar no padrão dos modelos e atores que fazem seus anúncios. 

Quer ler o estudo completo da Mindminers? Acesse: O Futuro da Beleza 2021

Mercado de cosméticos veganos 

Se muitas pessoas estão considerando a responsabilidade ambiental ao adquirir seus produtos, qual é o tamanho do mercado de cosméticos veganos?

Em uma matéria que publicamos discutimos esse assunto. 

Conforme o relatório da Global Industry Analystis, o mercado de cosméticos veganos está crescendo e atingirá US$ 20,6 bilhões até o ano de 2026, crescendo a um CAGR de 5,1% durante o período. 

Esse relatório também mostra que a categoria de cuidados com a pele tem projeção de atingir US$ 7,8 bilhões até o final desse período.

Muitas coisas mudaram durante a pandemia — entre essas o skincare, cujos produtos tiveram uma alta de 21,9% comparados a 2019, segundo informações da ABIHPEC — portanto, o relatório da Mindminers pode auxiliar os empreendedores a compreenderem o que mudou, e a priorizarem as demandas de possíveis públicos consumidores. 

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Por Amanda Stucchi em 8 de novembro
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