A startup Daisy Lab produz laticínios sem animais, localizada na Nova Zelândia, obteve um investimento de NZ$ 250.000 (US$ 167 mil). 

A marca escreveu em sua rede social profissional agradecendo os investidores:

“Não poderíamos desejar um grupo melhor de investidores anjos! Nosso principal investidor, Outset Ventures, a maior incubadora de empreendimentos de ciência e engenharia da Nova Zelândia, K1W1, que apoia a inovação investindo em startups jovens de neozelandeses e Sustainable Food Ventures, um investidor global focado em proteínas alternativas. Agradecemos sua confiança e disposição em nos ajudar a dar vida à nossa ideia”. 

Conforme informado pela Green Queen, o valor será utilizado para continuar desenvolvendo os laticínios, especialmente o queijo. 

A empresa utiliza a fermentação de precisão para seus laticínios sem animais 

Para criar seus produtos, a marca utiliza a tecnologia da fermentação de precisão. 

Como esse processo funciona? Basicamente, são utilizados os microorganismos codificados com o DNA das proteínas de leite, que produzem esse elemento processando o açúcar. 

A marca explicou: “A fermentação de precisão é semelhante à fermentação tradicional e usa microorganismos para quebrar os açúcares para criar diferentes substâncias no processo. A razão pela qual é chamado de ‘precisão’ é porque você pode treinar o microrganismo para produzir uma variedade de coisas diferentes — de medicamentos e vacinas a sabores e proteínas”. 

Em comparação com os laticínios tradicionais, esses produtos são mais sustentáveis e oferecem bem-estar para o animal, já que não ocorre exploração. Ainda, os laticínios feitos com essa técnica são idênticos aos de origem animal, portanto, não são recomendados para aqueles que possuem intolerância a lactose. 

O relatório Rethinking Food and Agriculture, criado pela RethinkX, apontou que a indústria de fermentação de precisão criará, pelo menos, 700 mil empregos até 2030 nos Estados Unidos. Ademais, também prevê que nesse mesmo período os produtos feitos com fermentação de precisão fiquem entre 50 a 80% mais baratos do que os de origem animal. 

Além disso, apontou que a indústria de leite tradicional vai colapsar antes de 2030. Portanto, em 2030 quase 90% das proteínas lácteas dos Estados Unidos serão derivadas da fermentação de precisão. Interessante, não é? 

A Daisy Lab citou o mesmo relatório em sua página, onde disse: “[…] A tecnologia de fermentação de precisão apresenta à Nova Zelândia uma importante oportunidade para diversificar e construir nossa estimada reputação internacional em tecnologia de alimentos. Uma mudança das proteínas derivadas de animais pode ocorrer mais cedo do que pensamos, e essa tecnologia garantirá que nossa visão para o futuro permaneça brilhante”. 

Sobre a Daisy Lab 

Quer saber mais sobre a marca de laticínios sem animais?

A empresa foi fundada em 2021 por Irina Miller (CEO) e Dr Nikki Freed. 

Irina é uma consultora de negócios que já trabalhou com a Fronterra, líder global de lácteos, enquanto Nikki é uma bióloga molecular. 

O veículo Stuff explicou que Irina se interessou pela tecnologia de fermentação de precisão enquanto atuava na Fronterra, entretanto, acreditava que muitas pessoas iriam iniciar nesse setor. Em 2020, quando ninguém havia feito isso, decidiu começar o empreendimento. 

Atualmente, a marca está se focando na produção de caseína e deseja iniciar sua produção comercial até o final de 2022. 

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*Imagem de capa da Dr. Nikki Freed: Divulgação Daisy Lab / via Green Queen

Por Amanda Stucchi em 17 de fevereiro
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