Quer conhecer novos fundos para investimentos em ESG? Esse termo significa em português “Ambiental, social e governança”, e define as empresas que procuram reduzir seu impacto negativo na sociedade como um todo. 

Alguns exemplos são os seguintes: no fator meio ambiente pode avaliar as emissões de carbono, já na parte social é verificado se há respeito pelos direitos humanos e leis trabalhistas, enquanto na governança procura ver se existe corrupção. 

Os fundos para investimentos em ESG servem para isso: investir em marcas preocupadas com essas questões importantes. 

Novos fundos para investimentos em ESG

Agora que você já conhece um pouco mais sobre essa definição, vamos falar sobre os novos fundos. 

Conforme informações do Estadão, os dois são brasileiros e foram elaborados para destravar mais de R$ 500 milhões em projetos ESG. 

Foram lançados pelo Laboratório Global de Inovação em Finanças Climáticas (Lab), um programa de aceleração de inovação financeira patrocinado pela Fundação Rockefeller (EUA) e pelos governos da Suécia, Reino Unido, Holanda e Alemanha. 

A primeira aplicação é um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC), proposto pela Mauá Capital (Gestão de Investimentos) e Natura (Famosa empresa de cosméticos). Aqui o objetivo é levantar US$ 50 milhões (cerca de R$ 265 milhões) na fase piloto. 

Esse projeto se chama Amazonia Sustainable Supply Chains Mechanism (AMSSC), e investirá em até 34 cooperativas na região da Amazônia, começará o investimento com 39 fornecedores de ingredientes diferentes, visando expandir para 55 bioingredientes da região. 

A marca Natura tem o objetivo de que a retirada dos bioingredientes atinja aproximadamente US$ 12 milhões (R$ 60 milhões) até o ano de 2030. 

É dito na página do projeto: “A meta do piloto é manter três milhões de hectares de florestas em pé na Amazônia até 2030 (equivalente à Bélgica)”. 

O outro fundo é um de renda fixa, investindo de forma exclusiva no Tesouro Direto Brasileiro, se chama Guarantee Fund For Biogas (GFB). 

É explicado: “O GFB é o primeiro fundo de garantia ambiental do Brasil voltado para investidores privados que buscam alavancar as linhas de crédito existentes para projetos de biogás”. 

Também é relatado que desenvolvedores independentes de projetos de biogás são limitados pelos requisitos de garantia dos credores, que pedem o dinheiro em até 120% do valor do empréstimo ou garantias imobiliárias. 

Dessa forma, a proposta desse novo fundo é: “Manter as taxas baixas para os desenvolvedores, ao mesmo tempo que oferece retornos de mercado para os investidores seniores. A substituição de garantias imobiliárias por garantias quase moeda permite taxas de juros mais baixas sobre as operações de dívida”. 

Quase moeda são aqueles ativos de alta liquidez que não é dinheiro, mas pode ser facilmente convertido. Um exemplo são os fundos do mercado monetário. 

O fundo de biogás pretende levantar US$ 53 milhões na fase piloto e destravar US$ 67 milhões para investir em 43 projetos de usina de biogás a partir de resíduos agrícolas. A ideia é levantar quase US$ 260 milhões em 10 anos, e reduzir até 331 mil toneladas de CO₂ por ano na primeira década. 

É importante ressaltar que esses fundos possuem uma estrutura de blended finance, isso significa que ambos mesclam o capital filantrópico e o tradicional. 

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*Imagem de capa: Pexels 

Por Amanda Stucchi em 5 de outubro
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