“Apesar de ainda representar uma pequena proporção da filantropia global, o investimento em fundações para mitigação das mudanças climáticas tem crescido de forma constante nos últimos anos, de quase US$ 900 milhões em 2015 para pelo menos US$ 1,9 bilhão em 2020, entre as principais fundações com programas focados no clima”, atestou o relatório Funding Trends 2021: Climate Change mitigation philantropy

O relatório cobriu o período de 2015 a 2020 e, apesar do crescimento, o valor representa menos de 2% das doações filantrópicas globais e não está crescendo no ritmo que deveria crescer. Para ter uma ideia, precisaria haver mais US$ 7 bilhões em investimentos para exceder os 2% do total de doações filantrópicas em 2020. 

“Há uma ampla gama de soluções climáticas que estão prontas para um crescimento rápido com uma injeção de investimento, inclusive da filantropia. Da eletrificação de veículos à proteção florestal, energia limpa e outras iniciativas, existem uma miríade de maneiras da filantropia apoiar soluções comprovadas para gerar resultados”, foi explicado. 

Filantropia para mudanças climáticas: os maiores doadores 

Quer saber alguns dos maiores doadores para a minimização das mudanças climáticas? Falaremos de alguns. 

Bezos Earth Fund 

O Bezos Earth Fund pertence ao empresário da Amazon, Jeff Bezos, com o compromisso de doar US$ 10 bilhões nessa década para combater as mudanças climáticas e proteger a natureza. 

Musk Foundation 

Essa é uma organização sem fins lucrativos fundada por Elon Musk, muito conhecido como CEO da Tesla Motors. 

Em abril desse ano, lançou a XPrize Carbon Removal para combater o carbono. 

É uma competição de quatro anos que convida os participantes a criarem soluções que puxem o dióxido de carbono da atmosfera ou oceanos, retirando a substância de uma forma sustentável e duradoura. 

Rockefeller Foundation 

A Rockefeller Foundation foi fundada em 1913 e promove o ensino, saúde pública, pesquisa e filantropia. 

Em 2020, a organização se comprometeu a doar US$ 1 bilhão nos próximos três anos para catalisar uma recuperação mais inclusiva e verde da pandemia do coronavírus. 

Aqui serão feitos investimentos privados e concessionais para distribuição de energia renovável em escala nos países em desenvolvimento, além de garantir um acesso mais igualitário aos testes e vacinas contra o coronavírus. Também desejam fortalecer os sistemas de saúde pública visando prevenir pandemias no futuro. 

Racismo ambiental 

O relatório também citou o caso da região de Cancer Alley, localizada no estado de Louisiana. 

Conforme a United Nations Human Rights, na região estão muitas plantas industriais e usinas petroquímicas, e a maioria dos habitantes são pessoas negras. 

Portanto, aqui vale dizer que o problema ambiental também tem ligação com as questões de justiça e equidade. 

Já falamos sobre desenvolvimento sustentável, relacionado com a Agenda 2030, coordenado pela Organização das Nações Unidas (ONU). 

Aqui existem 17 objetivos com 169 metas e para conseguir chegar ao desenvolvimento sustentável — atender as necessidades da geração atual sem comprometer as da geração futura — é necessário cumprir todos os objetivos. 

A razão é simples: sem cumprir um objetivo, você não atinge o outro e não conseguimos chegar ao Desenvolvimento Sustentável. Logo, os problemas da atualidade tem ligação entre si.

Para ler o relatório completo é possível acessar: Funding trends 2021: Climate change mitigation philanthropy (em inglês)

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*Imagem de capa: Pexels

Por Amanda Stucchi em 26 de outubro
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