FabricNano, startup de tecnologia de Londres, está desenvolvendo plásticos feitos à base de plantas!

Em um laboratório de nível 2 de biossegurança, químicos e biólogos estão operando máquinas volumosas e analisando o conteúdo de reatores e cubas cheias de uma espessa gosma amarela.

Sobre a FabricNano

Nascida em 2018, a empresa tem como objetivo mudar a produção de materiais derivados e fermentados de petroquímicos – o principal: plástico – alavancando componentes biológicos. Ou seja, se o FabricNano conseguir, as empresas produtoras de plástico substituiriam o petróleo por proteínas.

De acordo com Grant Aarons, cofundador e CEO da empresa: “Grandes empresas químicas, algumas das quais são nossas clientes, querem fabricar plásticos de base biológica com paridade de custo com coisas como o PET. E se você estiver usando um plástico de base biológica, é mais biodegradável.”

Desenvolvimento plásticos à base de plantas

De acordo com a vice-presidente de operações da FabricNano, Eliza Eddison: “É como uma linha de montagem: tipo, você está apenas pegando seu insumo químico, sua matéria-prima. Você está colocando na enzima, passando para a próxima e fazendo um produto final”.

Porém, quando se trata de produzir materiais mais sofisticados, como o plástico, a biomanufatura fica aquém. Afinal, a maioria das proteínas usadas para desencadear essas reações são destruídas ou degradadas no processo, tornando muito caro produzir coisas em escala.

Impulsionando o setor

É abordando essa questão que a FabricNano espera impulsionar o setor e torná-lo competitivo. O segredo, diz Aarons, foi encontrar o tipo certo de suporte para ligar as proteínas. “Se você colocá-los fisicamente em uma superfície, você muda a geometria da proteína”, explica ele. “Então muda e não funciona mais.”

A ideia da FabricNano era ligar proteínas a filamentos de DNA fabricados em laboratório, um material que nunca havia sido seriamente experimentado na indústria. Na época, a equipe descobriu que quando ligadas a um andaime de DNA, as proteínas não eram danificadas, permitindo que continuassem trabalhando por muito mais tempo, barateando a biofabricação.

“O DNA não prejudica as proteínas quando se assentam a ele”, diz Aarons. A empresa conseguiu reduzir muito o custo da produção do ácido nucleico – mas acabou percebendo que sempre seria muito caro para a produção em escala industrial. Porém, a FabricNano encontrou uma maneira de transformar a intuição que sustenta seu trabalho em um método que tem os mesmos benefícios, mas não requer o uso de DNA.

De acordo com Aarons: “Conseguimos nos afastar do DNA e ainda manter essa inovação nesse benefício” É o mesmo princípio, mas com um suporte diferente.”A FabricNano não finalizou os registros de patentes sobre esse sistema. Mas empresas químicas, farmacêuticas e de engenharia – incluindo a gigante química Sumitomo Chemical America – já começaram a fazer parceria com a FabricNano. “Prevemos operar efetivamente em escala industrial dentro de três anos”, diz Eddison.

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Imagem ilustrativa de capa: Site FabricNano

Por Ana Cristina Gomes em 2 de dezembro
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