A EniferBio conseguiu levantar € 11 milhões em uma rodada da Série A, para sua micoproteína fúngica produzida a partir de subprodutos de alimentos e resíduos agrícolas.

A rodada de investimento foi liderada pelo fundo holandês de investimento em aquicultura Aqua-Spark, e contou com a participação de Tesi, Valio, Voima Ventures e Nordic Foodtech VC.

De acordo com o cofundador e CEO da EniferBio, Simo Ellilä: “Estamos extremamente entusiasmados por ter nossos novos investidores Aqua-Spark, Tesi e Valio se juntando a nós em nossa missão de alimentar o mundo com proteína sustentável”.

“Juntos, eles colocam uma grande quantidade de novos conhecimentos e redes específicos do setor à nossa disposição. Estamos felizes em verinvestidores de longo prazo, como a Nordic Foodtech VC e Voima Ventures, dobrarem seus investimentos e mostrarem seu apoio contínuo à empresa”, diz Ellilä.

Segundo Tuomas Salusjärvi, vice-presidente executivo de negócios em crescimento e P&D da Valio: “Novas fontes de proteína à base de plantas estão ganhando interesse entre os consumidores e a demanda está crescendo em todo o mundo. A eniferBio é uma empresa que desenvolveu novas formas de utilizar os fluxos secundários da indústria de alimentos na produção de proteínas. Queremos fortalecer nossa parceria e nos envolver no desenvolvimento de novas formas de produzir alimentos para atender à crescente demanda”.

Imagem: Divulgação EniferBio

Micoproteína em pó

Com o valor captado na rodada, a empresa planeja expandir sua linha de produtos Pekilo, um pó de micoproteína com uma pegada de carbono 50 vezes menor do que a carne bovina, que não requer terra ou recursos hídricos usados em culturas como a soja. Além disso, a empresa pretende abordar os desafios da indústria da aquicultura, como a dependência de soja na alimentação dos peixes.

A produção aquícola está crescendo rapidamente e já ultrapassou a captura de peixes selvagens. De acordo com Statista, os seres humanos consumiram cerca de 160 milhões de toneladas métricas de peixes cultivados e selvagens em 2021.

Processo de produção do Pekilo

O processo utilizado para produzir o Pekilo foi inicialmente desenvolvido na década de 1960 por cientistas da indústria florestal, o objetivo era criar uma proteína de ração animal econômica a partir de subprodutos da indústria de papel e celulose.

De acordo com a empresa, eles pretendem expandir a produção do Pekilo para “milhares de toneladas” por ano. Além disso, a EniferBio está trabalhando na aprovação de novos alimentos para mercados na União Européia e em outros lugares.

A EniferBio diz que é capaz de reciclar alimentos e subprodutos florestais, transformando-os na Pekilo. O produto possui 70% de proteína, contém 20-30% de fibra e 10% de gorduras e minerais, bem como altos níveis de vitamina B.

De acordo com Ellilä: “Temos um produto que transforma os resíduos em um ingrediente de alto valor. A empresa possui o processo de produção mais competitivo do mundo e um produto que testado em escala industrial por mais de 15 anos. Estamos prontos para a próxima fase, dimensionando a produção”.

Gostou dessa notícia? Aproveite e leia também:

Pizzarias criam opções veganas para conquistar clientes

Portugal: venda de alimentos plant-based aumentou 20% desde 2020

Aqua Cultured Foods levanta US$ 5,5 milhões para frutos do mar feito com fungos

Imagem ilustrativa de capa: Divulgação EniferBio

Compartilhe:
Faça parte da comunidade da Vegan Business no WhatsApp: Notícias | Investidores