Já não é novidade para ninguém que investir em empresas é um ótimo negócio. Entretanto, investir em empresas veganas pode ser a chave para unir a lucratividade com a possibilidade de gerar impacto social, ambiental e econômico.

Deixar o dinheiro parado no banco não é bom para a economia e, principalmente, para o seu bolso. A desvalorização do real e a falta de rentabilidade das contas poupanças têm sido um grande empecilho na hora de poupar o dinheiro.

Por conta disso, muitas pessoas de diferentes classes econômicas começaram a se interessar pela área de investimentos. Porém, mesmo que seja muito mais fácil encontrar informações hoje em dia, bastante gente ainda se questiona ou desconfia sobre o retorno que aplicações financeiras podem proporcionar.

Sendo assim, ao longo do artigo vamos falar sobre:

  • As tendências da área de investimentos;
  • Como investir em empresas veganas e porquê considerá-las?
  • Quais são os negócios veganos que possuem mais sucesso?

Se interessou? Então, continue lendo que te explicamos tudo!

A onda de investimentos em empresas veganas

De acordo com uma matéria de Junho de 2021 do E-Investidor do Estadão, o mercado vegano girou aproximadamente US$ 14,44 bilhões em 2020.

Além disso, um relatório da Infiniti Research revelou que as oportunidades no mercado vegano estão somente no início. O relato destaca que o ano de 2016 atraiu seguidores para o veganismo devido à crueldade animal e a devastação da natureza.

Em 2018, a Gazeta do Povo também publicou uma matéria relatando que uma pesquisa do Datafolha mostrou que 63% dos brasileiros tinham interesse em reduzir o consumo de carne. Além disso, 73% relataram que se sentem mal informados em relação aos processos que acontecem no setor da agropecuária.

É válido pontuar que a vontade de investir em empresas veganas não parte somente de pessoas que sejam veganas ou que se identifiquem com o modo de viver. Há uma crescente entre indivíduos que não são veganos, mas, que se preocupam com as questões ESG.

O que é ESG?

A sigla ESG representa os conceitos de Environmental, Social and Governance, ou em português, se refere as questões ambientais, sociais e de governança. O ESG caracteriza os três pilares fundamentais da sustentabilidade.

Ainda segundo o E-Investidor, o assunto ESG ganhou uma enorme popularidade especialmente entre as gerações de Millennials e a Geração Z. O mercado, por sua vez, criou interesse pelo tópico já que é de interesse do público.

Portanto, se uma empresa se declara ESG, isso significa que ela se compromete a adotar medidas que colaborem com um desenvolvimento saudável, e acima de tudo, ético.

Talvez você esteja se perguntando como uma empresa pode agir com condutas que se comprometam com as questões ambientais, sociais e de governança. Embora pareça difícil, a resposta é simples.

  • As questões ambientais apontam se a empresa se preocupa com o meio ambiente. Se sim, quais são as práticas adotadas para gerarem menos poluição, carbono e resíduos?
  • O fundamento social destaca se a corporação proporciona algo para a própria comunidade. Se sim, como? Existe algum tipo de incentivo ou suporte financeiro a iniciativas relacionadas a políticas públicas?
  • Já o aspecto de governança se refere as empresas que buscam melhores condições de trabalho. Estas, por sua vez, estimulam a remuneração justa, oferecem espaços anticorrupção e lutam pela equidade entre os funcionários.

A quantidade de empresas que engajam com tópicos aliados ao ESG aumentou.

Especialmente por conta da explosão de usuários ativos nas redes sociais, é comum encontrar corporações se posicionando diante de assuntos como o machismo, LGBTQIAP+fobia e racismo nas redes sociais.

Contudo, já não basta mais abraçar uma causa social de forma superficial. No começo, quando pouco se falava sobre causas sociais, as pessoas se satisfaziam com o mínimo de representatividade.

Hoje em dia, só o discurso não é suficiente: é preciso agir. Sem ação, não há dedicação genuína.

É claro que o acesso à informação é necessário para que o comprometimento possa ser feito com efetividade e responsabilidade. Porém, é inegável que várias corporações surfam na onda conforme os interesses dos seus consumidores.

Nesta linha de raciocínio, podemos concluir que é mais seguro confiar em empresas que tenham um propósito definido desde o princípio.

Por que investir em empresas veganas?

Em concordância com o que pontuamos acima, as empresas veganas possuem valores estabelecidos a sua origem. Afinal, ser vegano vai muito além do que uma simples dieta.

Em vista disso, investir em empresas veganas se torna em uma excelente alternativa, pois o nível de consciência dos empreendedores por trás desses negócios é maior que o da maioria.

Mas existem outros bons motivos para investir em empresas veganas. A lista não para por aqui! Veja só:

Mercado em constante expansão

Como falamos anteriormente, a alta demanda por produtos e serviços veganos se intensificou. Ainda assim, as pessoas que optam por esse tipo de consumo possuem dificuldades em acharem mercadorias veganas.

O mercado é nichado, mas mesmo assim, existe uma ampla gama de coisas oferecidas, indo desde a indústria alimentícia, têxtil e até a de cosméticos.

A chance de fazer novos negócios

A Euromonitor Internacional comunicou que a venda de produtos saudáveis no Brasil atingiu em torno de R$ 100 bilhões no ano de 2020.

O ramo ganhou força entre os brasileiros. A lista de produtos que fizeram sucesso com a nossa população inclui produtos orgânicos certificados e itens sem glúten ou com menor teor de sódio.

A preocupação com a saúde por parte da população

Pegando um gancho no motivo acima, a atenção com a saúde pode ser um outro grande motivo para investir em empresas veganas.

Em adição aos veganos e vegetarianos, pessoas focadas em perder peso, que são alérgicas, intolerantes a lactose, ou até mesmo atletas zelam pela própria saúde.

A alimentação de origem vegetal promove múltiplos benefícios para o corpo e para a mente. E ao contrário das especulações ditas por aí, todos os nutrientes são encontrados na sustentação livre de origem animal.

3 empresas veganas de sucesso para investir

Já temos empresas veganas que estão consolidadas no mercado. Estas já chegam a faturar milhões por ano. Dentre as corporações de maior sucesso, podemos citar:

1. Beyond Meat

A Beyond Meat é uma marca de carne vegetal com sede em Los Angeles, Califórnia (EUA). A empresa foi fundada em 2009 e os seus primeiros produtos chegaram as prateleiras dos supermercados norte-americanos em 2012.

A marca oferta opções de carne bovina, suína e de aves à base de vegetais. A diferença mais notável da Beyond Meat é a de que os produtos contêm os mesmos compostos da carne, como as proteínas, gorduras, carboidratos, minerais e água, com exceção da matéria animal.

Ao invés disso, os produtos são criados através de vegetais, como ervilhas, arroz integral e beterraba. Por aqui, a venda dos produtos da Beyond Meat ocorre em locais mais restritos, como o St. Marche, que é uma rede de supermercados da Grande São Paulo.

Mesmo que o Brasil seja o terceiro maior mercado em consumo de proteína animal, empresas como a Beyond Meat enxergam o país como um território fértil para o crescimento do consumo da carne vegetal.

Os produtos da Beyond Meat são pensados para terem o mesmo gosto e atingirem ou excederem o valor nutricional da proteína animal. Um outro dado relevante sobre Beyond Meat é o de que a empresa faturou US$ 298 bilhões em 2019.

2. Tattooed Chef

A Tattooed Chef é uma empresa fundada por Sarah Galletti que tem como objetivo vender as mais variadas opções de pratos plant-based.

A marca tem um cardápio diversificado, que disponibiliza alimentos orgânicos, como açaí e vegetais por si só, hambúrgueres, pratos mexicanos, e até mesmo massas, como macarrão e pizza.

Os consumidores podem escolher entre alimentos orgânicos, vegetarianos, veganos, sem glúten, sem grãos e sem soja.

Sarah frequentou aulas de cinema até ter se descoberto uma personalidade criativa e ter decidido viajar para a Itália. Lá, ela se conectou com a sua ancestralidade e se aprofundou no mundo da gastronomia.

O desejo de cozinhar uma comida saborosa e saudável fez com que ela fundasse a Tattooed Chef. A filosofia da marca frisa que a empresa produz alimentos à base de plantas para todos. Ou seja, não importa se você é vegano, ovolactovegetariano, ou até mesmo alguém que só queira experimentar novos sabores.

O Yahoo Finanças também destacou que o ano de 2021 foi um marco para a Tattooed Chef. Nesta época, a empresa fortaleceu as suas operações nos Estados Unidos e cresceu em torno de 44%.

3. Oatly

A Oatly é uma empresa de origem sueca que fabrica leite de origem não-animal a partir da aveia. Isto é: a Oatly produz leites, iogurtes, sorvetes e outras bebidas que tenham a aveia como base.A marca surgiu co

A Oatly é uma empresa de origem sueca que fabrica leite de origem não-animal a partir da aveia. Isto é: a Oatly produz leites, iogurtes, sorvetes e outras bebidas que tenham a aveia como base.

A marca surgiu contém a sede principal em Malmö e surgiu na década de 1990 usando pesquisas da Universidade de Lund. Ademais, a Oatly tem um centro de produção e desenvolvimento em Landskrona.

Além dos produtos de aveia, a Oatly é bastante comprometida com outras iniciativas. A empresa, por exemplo, investe em treinamentos para baristas chineses e entrega guias de viagem com lugares seguros e acessíveis para pessoas que são negras e que se identificam como queer.

Da mesma forma que a Beyond Meat e a Tattooed Chef, a Oatly está em alta na Bolsa de Valores. Após ter divulgado os resultados do primeiro trimestre de 2022, as ações da empresa subiram 5,3% no mês de maio.

Após a compreensão desses dados, é fácil entender que investir em empresas veganas pode trazer uma rentabilidade muito vantajosa para quem faz os aportes financeiros.

Para investir em empresas veganas brasileiras, basta acionar a nossa plataforma de investimentos, a Vegan Business.

Quer saber mais? Então leia abaixo!

Como investir em empresas veganas brasileiras através da VeganBusiness

Embora não seja possível investir na Beyond Meat, Tattooed Chef ou Oatly através do Vegan Business, nós temos um portfólio variado de empresas que apresenta inúmeras oportunidades.

O nosso objetivo é o de conectar as startups do mercado plant-based com pessoas que estão buscando investir em negócios inovadores.

A chave da Vegan Business é a de que o nosso portfólio de empresas possui somente projetos que estão construindo um mundo melhor e mais viável para nós, para os animais e as próximas gerações.

Todas as startups que estão na Vegan Business são selecionadas cautelosamente. Aqui, as empresas passaram por um criterioso processo de diligência e nós coinvestimos em todos os negócios distribuídos pela plataforma.

Vale lembrar que somos a única plataforma de equity crowdfunding focada exclusivamente em negócios veganos e plant-based.

Por isso, investir em empresas veganas pelo Vegan Business é simples, prático e seguro, pois afinal, somos aprovados pela CVM, a Comissão de Valores Mobiliários.

Se você se identificou com a nossa missão e ficou interessado em investir em empresas veganas com potencial, faça parte da nossa comunidade de investidores.

Conclusão

Investir em empresas veganas é um passo em direção ao novo futuro: mais equilibrado, justo e ético. Todavia, para alcançarmos esse futuro, precisamos fazer a nossa parte.

Existem várias maneiras de contribuir com o planeta: gastar menos água, separar o seu lixo, repensar nos seus hábitos de consumo e reduzir o consumo de produtos de origem animal são algumas delas.

Mesmo assim, as atitudes coletivas pesam mais do que as individuais. Ambas são importantes, mas o efeito de corporações é muito maior do que o de indivíduos isolados.

Logo, pensar no que você consome e investe é um passo significativo. Além de permitir a participação em uma nova economia, investir em empresas veganas dá espaço para ideias inovadoras crescerem e contribui com uma diferença positiva para a sociedade.

Investir em empresas veganas viabiliza novos negócios, novos modos de adquirir lucros e gera impacto.

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*Imagem de capa: Unsplash

Por Thais Montenegro em 19 de julho
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