A Coca-Cola trouxe uma novidade: fez um protótipo de embalagem 100% à base de plantas, excluindo somente a tampa e o rótulo (esses componentes utilizam tecnologia de escala comercial), porém, a embalagem ainda não está disponível para comercialização. 

A diretora técnica e de inovação da marca, Nancy Quan, disse em uma comunicação: “Trabalhamos com parceiros de tecnologia por muitos anos para desenvolver as tecnologias certas para criar uma garrafa com conteúdo 100% vegetal — visando a menor pegada de carbono possível — e é empolgante que chegamos a um ponto onde essas tecnologias existem e podem ser escaladas pelos participantes da cadeia de valor”.

Composição do protótipo de embalagem à base de plantas

Bateu curiosidade para conhecer mais sobre as tecnologias dessa embalagem? 

A garrafa é feita de paraxileno vegetal (bPX) — à base de açúcar de milho — que, com um novo processo da empresa de tecnologia Virent, foi convertido em ácido tereflático vegetal (bPTA). 

É afirmado: “Como o primeiro material de embalagem de bebidas resultante de bPX produzido em escala de demonstração, essa nova tecnologia sinaliza uma mudança radical na viabilidade comercial do biomaterial”. 

Outra tecnologia, feita em parceria com a Changchun Meihe Science & Technology, é uma que otimiza o processo de produção de monoetilenoglicol vegetal (bMEG), convertendo a biomassa para diminuir os processos intermediários e as emissões de gás prejudiciais na atmosfera. 

“Normalmente, o bMEG é produzido pela conversão da cana-de-açúcar ou milho em bioetanol como um intermediário, que é subsequentemente convertido em bioetilenoglicol. Agora, as fontes de açúcar podem produzir MEG diretamente, resultando em um processo mais simples”, é relatado. 

“Nossa meta para PET à base de plantas é usar produtos agrícolas excedentes para minimizar a pegada de carbono, portanto, a combinação de tecnologias trazidas pelos parceiros para a comercialização é uma combinação ideal com essa estratégia”, finalizou Dana Breed, diretora global P&D de embalagem e sustentabilidade da marca. 

Garrafas sustentáveis da Coca-Cola

Imagem: Divulgação Coca-Cola 

A Coca-cola é uma bebida vegana? 

Você pode estar se perguntando: a coca-cola é vegana? 

A resposta mais simples é que a marca não é vegana, porém, tem produtos aptos para pessoas veganas. 

Conforme resposta do site australiano da empresa: “A Coca-Cola não contém nenhum ingrediente derivado de origem animal e pode ser incluída em uma dieta vegetariana ou vegana”, tendo também outras bebidas aptas para pessoas veganas em seu portfólio. 

Porém, segundo a Plant Based News, o açúcar encontrado nas marcas da Coca-Cola variam de país para país. Alguns tipos de açúcar podem utilizar ossos carbonizados moídos para ficarem mais claros, tornando o produto não recomendado para veganos. 

Uma coisa boa é que é no Brasil há pouca probabilidade de que essa prática seja muito utilizada. Ou seja, dependendo do país onde você mora, vale dar uma pesquisada. 

Outra embalagem à base de plantas 

A empresa já lançou em 2009 outra garrafa feita parcialmente com plantas. 

A embalagem se chamava PlantBottle ™, onde a empresa substituía até 30% do petróleo utilizado nas garrafas de plástico por um material composto de cana-de-açúcar e outras plantas. 

Também disponibilizaram a tecnologia para outros competidores, visando auxiliar na solução do problema de embalagem. 

Metas de sustentabilidade da empresa 

A Coca-Cola tem metas relacionadas com a sustentabilidade. 

Como parte da visão World Without Waste (mundo sem desperdício, em tradução livre), a marca se comprometeu a coletar de volta cada garrafa que comercializa até o ano de 2030. 

Além disso, a ideia é tornar as embalagens da marca 100% recicláveis até 2025 e utilizar 50% de material reciclado nas garrafas e latas até 2030. 

Nancy Quan falou na comunicação: “Estamos tomando medidas significativas para reduzir o uso de plástico ‘virgem’ à base de petróleo, à medida que trabalhamos em direção a uma economia circular e em apoio a uma ambição compartilhada de emissões líquidas de carbono zero até 2050”. 

Ela também acrescentou: “Vemos os plásticos de origem vegetal como tendo um papel crítico em nossa mistura geral de PET no futuro, apoiando nossos objetivos de reduzir nossa pegada de carbono, reduzir nossa dependência de combustíveis fósseis ‘virgens’ e aumentar a coleta de PET em apoio a uma economia circular”. 

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*Imagem de capa: Divulgação Coca-Cola / via Packaging Europe (cortado)

Por Amanda Stucchi em 26 de outubro
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