O couro vegano está crescendo em popularidade na indústria da moda!

Devido a crescente conscientização dos consumidores sobre a sustentabilidade, marcas de luxo como Kering, dono de Balenciaga, Gucci e Saint Laurent estão se posicionando ainda mais no que diz respeito ao bem-estar dos animais.

Há pouco tempo, o material utilizado para a produção do couro vegano implicava na utilização de substâncias materiais a base de plásticos. Esses produtos eram constantemente considerados mais baratos e menos luxuosos do que o couro convencional de origem animal.

A maneira como enxergamos o couro vegano dentro do universo da moda está mudando! Os designers agora costumam usar alternativas feitos a partir de produtos biodegradáveis, como por exemplo: como folhas de abacaxi, cortiça, cascas de maçã, outros resíduos de frutas.

Couro vegano na passarela da Semana de Moda de Londres

Sarah Regensburger, designer alemã com sede em Londres, utiliza o couro de cacto como matéria prima para suas peças, que são inteiramente veganos. Ela apresentou sua nova coleção em um desfile da Semana de Moda de Londres neste mês de setembro.

“O que eu amo sobre o couro de cacto é que você não notaria a diferença. É similar ao couro, mas é ainda melhor. Também é biodegradável, o que é incrível.”, contou a designer ao Plant Based News (PBN).

O couro de origem animal foi, frequentemente, sinônimo de luxo. A maioria das marcas, ainda hoje, utiliza esse material para a produção de bolsas, sapatos e cintos. Desse modo, ainda há pouca compreensão entre o público sobre a crueldade e custos ambientais envolvidos em sua produção.

O casaco de couro de cacto, vendido pela marca custa £1.500. Sarah Regensburger é uma das poucas estilistas que criam peças sofisticadas, utilizando como material, tecidos de origem vegetal.

A designer pontuou que muitos de seus clientes não seguem o veganismo: “Muitas vezes, eles não têm ideia de que estão comprando um produto feito a partir de couro vegetal. Eles gostam da roupa e gostam que pareça caro, seja bom e poderoso”, diz a designer. “É incrível! Você não precisa convencer os consumidores veganos, você precisa convencer os clientes que não são veganos.”

Mercado de couro vegano no Brasil

No Brasil existe a “lei do couro”, de acordo com a Lei 4.888 que vigora desde a década de 60, a palavra refere-se a peles de animais. Termos como “couro sintético”, “vegano” ou “vegetal” são proibidos. As empresas podem inclusive receber multas se forem pegas usando esses termos para denominar seus produtos que não sejam de origem animal.

Para quem deseja adquirir calçados produzidos a partir de materiais sustentáveis, o mercado brasileiro possui marcas com diversas opções, como: Ahimsa, Vegano Shoes, Urban Flowers e a Sloul.

Mercado global

De acordo com um relatório divulgado pela Infinitum Global, empresa de soluções tecnológicas da Índia, estima-se que o mercado global de couro vegano chegará a valer US$ 89,6 bilhões até 2025. O principal motivo para esse crescimento é a ampliação da conscientização dos consumidores, sobre os impactos ambientais e o reconhecimento dos direitos dos animais.

Gostou dessa notícia? Aproveite e leia também:

Couro vegano, um mercado de US$ 89,6 bilhões

Couro vegano da Beyond Leather Materials usa resíduo de maçã

Bucha Bio investe US$ 1,1 milhão para couro plant-based

Imagem ilustrativa de capa: Plant Based News (PBN).

Por Ana Cristina Gomes em 4 de outubro
Faça parte da comunidade da Vegan Business no WhatsApp: Notícias | Investidores