Um novo relatório publicado pela ProVeg International revela um alto nível de aceitação da carne cultivada como alimento para animais de estimação.

Os resultados mostram que retratar a carne cultivada como alimento para animais de estimação antes de retratá-la como alimento humano reduz potencialmente os níveis de aceitação em 10%.

Carne cultivada como alimento para animais

À medida que o assunto começa a entrar na consciência dominante e caminhamos para a aprovação regulatória em diferentes mercados. Dessa maneira, mais e mais produtores e organizações estão ansiosos para avaliar o nível de aceitação do consumidor em relação a esse novo alimento que está entrando em nossas vidas.

O relatório, denominado “Cultivated Pet Food for Cats and Dogs”, pesquisou mil residentes do Reino Unido sobre sua percepção dessa carne como alimento para animais de estimação, em comparação com como alimento humano.

De acordo com Stephanie Jaczniakowska-McGirr, da ProVeg: “As pessoas ficam desencorajadas de comer carne cultivada se souberem que ela é usada como alimento para animais”.

“A indústria de alimentos precisa considerar isso, para garantir que a carne cultivada tenha o máximo impacto no mercado quando tiverem as aprovações regulatórias”, acrescenta ela.

Forte interesse de donos de animais

Quando apresentados a uma descrição de carne cultivada, 47% das pessoas com felinos e 48% daqueles com cães, “provavelmente” ou “definitivamente” optariam por essa opção.

No entanto, o relatório destaca uma clara necessidade de enquadrar a carne cultivada como alimento humano primeiro:

  • Dos entrevistados que primeiro viram a carne cultivada enquadrada como alimento humano, 47% disseram que a comeriam.
  • Daqueles que primeiro viram a esse alimento enquadrada como ração para animais de estimação, apenas 37% disseram que a comeriam.
  • Daqueles que primeiro viram a carne cultivada enquadrada como alimento humano, 46% disseram que a comprariam.
  • Daqueles que primeiro viram a carne cultivada enquadrada como ração para animais de estimação, apenas 37% disseram que a comprariam.
  • Daqueles que primeiro viram a carne cultivada enquadrada como alimento humano, 45% esperavam que o produto fosse saboroso.
  • Daqueles que primeiro viram a esse alimento enquadrada como ração para animais de estimação, apenas 34% esperavam que o produto fosse saboroso.

Opnião da ProVeg

A ProVeg sugere que a disparidade provavelmente se deve ao fato de que a comida para animais de estimação é considerada inferior à comida humana, uma vez que a maioria das rações convencionais é composta em grande parte de vísceras de animais e restos de animais abatidos, como ossos, órgãos, sangue e bicos.

“Considerando que a agricultura celular oferece a oportunidade de transformar nosso sistema alimentar para melhor, os governos têm um papel importante a desempenhar na aceleração do progresso no campo, por exemplo, financiando pesquisas de acesso aberto para abordar as lacunas de conhecimento e construir ecossistemas nacionais de agricultura celular. À medida que a agricultura celular progride, é importante fornecer mais evidências científicas sobre os aspectos de saúde e segurança”, conclui o relatório.

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Por Ana Cristina Gomes em 1 de fevereiro
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