O consumo atual de carne na Alemanha é o menor em décadas!

Dados publicados pelo Centro Federal de Informações para Agricultura da Alemanha mostram que, em 2022, o consumo per capita de carne caiu para cerca de 4,2 kg por pessoa em comparação com 2021. Esse é a menor quantia desde que os cálculos começaram em 1989.

O relatório revela uma redução no consumo de carne pelos alemães no ano passado, com uma queda de 2,8 kg no consumo de carne de porco, 900 gramas a menos de carne bovina e 400 gramas no consumo de carne de aves. Além disso, essa mudança positiva se reflete na produção de carne animal: houve uma redução de 9,8% na produção líquida de carne de porco e 8,2% na produção líquida de carne bovina em comparação com o ano anterior, enquanto a produção líquida de carne carne de aves respiratórias em 2,9%.

Por que na Alemanha?

Nos últimos anos, o consumo de carne na Alemanha tem sofrido uma queda constante e essa tendência foi reforçada nas declarações do ministro da Saúde, Karl Lauterbach, em 2022. Ele afirmou que “uma coisa é clara: devemos reduzir muito o consumo de carne” e que “a longo prazo, conseguiu reduzir o consumo de carne em 80%, não só na Alemanha, mas em todo o mundo, porque a produção de carne envolve um desperdício maciço de CO2”.

Além disso, o ministro afirmou em uma entrevista alguns meses depois: “O impacto do consumo de comer na Alemanha é irracional em muitos aspectos. Já começa com crueldade com os animais. Os animais sofrem, produzem a carne barata assim.”

Crescimento plant-based em Europa

Dados publicados pela GFI Europe, mostram que as vendas de alimentos à base de plantas cresceram 6% na Europa no ano de 2022. Ou seja, um aumento de 22% desde 2020, alcançando assim um total de € 5, 7 bilhões. Dessa forma, a Alemanha lidera as vendas de alimentos à base de plantas na Europa, enquanto a Holanda tem o maior gasto médio nestes alimentos.

De acordo com Jasmijn de Boo, vice-presidente da ProVeg, algumas medidas que ainda precisam ser realizadas são: aquisição pública de alimentos à base de plantas, incentivo ao crescimento da indústria, investimento em pesquisa de proteínas alternativas e incentivos para que os agricultores façam a transição da produção de carne e laticínios.

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Imagem ilustrativa de capa: Pexels

Por Ana Cristina Gomes em 6 de abril
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