Os governos locais nos EUA estão, cada vez mais, reconhecendo os benefícios que os alimentos à base de plantas pode trazer tanto para a saúde humana quanto para o meio ambiente.

Na 91ª Conferência Anual de Prefeitos dos EUA, líderes de 1.400 cidades com mais de 30.000 habitantes concordaram em incentivar a inclusão de alimentos à base de plantas. A perspectiva é que essa abordagem ajuda a enfrentar desafios crescentes, como problemas de saúde, questões climáticas e custos relacionados à saúde.

De acordo com o prefeito de Nova York, Eric Adams: “NY está incentivando a alimentação baseada em plantas em nossas escolas, hospitais e agências. Pretendemos assim, dar o exemplo e iniciar conversas sobre como outros prefeitos e cidades podem aplicar nossas melhores práticas e lições aprendidas a seus comunidades”.

Alimentos à base de plantas

A Conferência de Prefeitos dos Estados Unidos é a organização não partidária oficial das cidades. O evento acontece todos os anos e permite que prefeitos de diferentes cidades dos Estados Unidos conversarem, estabelecerem regras e compartilhem ideias.

Neste ano, um desafio significativo enfrentado pela população americana são as doenças crônicas. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, 60% dos adultos nos EUA são acometidos por condições crônicas de saúde. Além disso, aproximadamente 40% lidam com ou mais duas enfermidades, que englobam problemas como doenças cardíacas , hipertensão e diabetes tipo 2.

O investimento anual em saúde nos EUA chega a quase $4,1 trilhões, sendo uma parte substancial destinada ao tratamento dessas condições.

Com o intuito de enfrentar o panorama crescente de doenças crônicas, o aumento dos gastos em saúde e os desafios da crise climática, os prefeitos chegaram a um consenso em relação a uma resolução inspirada nas iniciativas adotadas em Nova York, sob a liderança de Adams.

“Este reconhecimento transcende a mera compreensão, alimentando a ação e a responsabilidade, uma vez que é incumbência dos prefeitos liderar a construção de parcerias entre entidades públicas e privadas. Envolvendo assim, comunidades, autoridades governamentais, sistemas hospitalares, provedores de serviços e organizações comunitárias, entre outros, para obter êxito ao abordar essas questões complexas”, afirmou Adams.

Sobre a resolução

A resolução contempla a busca da viabilidade de incorporar alternativas vegetais nos locais onde o governo municipal disponibiliza alimentos, como escolas, hospitais e serviços sociais.

Além disso, está incluído o aspecto educativo, visando conscientizar o público sobre as vantagens de incorporar alimentos à base de plantas em suas dietas. O município se compromete a avaliar o impacto das escolhas alimentares, aumentando a presença de vegetais para promover a saúde e a preservação do planeta.

A resolução faz referência a uma série de estudos que evidenciam como os alimentos de origem vegetal, beneficia tanto a saúde quanto o planeta.

Benefícios da alimentação à base de plantas

Em um estudo recente, foi constatado que indivíduos que priorizam alimentos de origem vegetal podem desfrutar de até 25% mais tempo de vida.

Uma pesquisa conduzida na Universidade de Oxford revelou que adotar uma dieta rica em alimentos vegetais apresenta benefícios para o meio ambiente. Uma dieta baseada em vegetais pode reduzir as emissões de gases de efeito estufa, o consumo de água, a ocupação de terras e o consumo da água em até 75%.

O novo plano endossou a adoção de uma dieta “predominantemente à base de plantas”, que engloba a inclusão de “frutas inteiras e de processamento mínimo, vegetais, legumes, grãos integrais, nozes e sementes”.

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Por Ana Cristina Gomes em 9 de agosto
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