As vendas de carne vegetal, impulsionadas por preocupações de saúde, ambientais e éticas, têm experimentado um crescimento significativo nos últimos anos. Com um aumento cada vez maior da conscientização sobre os negativos da indústria de carne convencional, muitas pessoas estão buscando alternativas mais saudáveis.

Quando a Beyond Meat, uma das marcas pioneiras do mercado, fez seu IPO em 2019, suas ações alcançaram níveis recordes. Desde então, a empresa expandiu sua presença para além das prateleiras de supermercados, ganhando espaço nos cardápios de restaurantes e redes de fast-food em todo o mundo.

Venda de carne vegetal

Porém, com o crescimento do mercado, diversas novas alternativas surgiram, criando uma competição acirrada que tornou uma situação mais complexa. A competição acelerada fez com que as empresas do setor buscassem inovação constante e maior diversidade de produtos para se destacarem no cenário competitivo.

O CEO da Beyond Meat, Ethan Brown, admite que o número de produtos no mercado está começando a criar confusão e complica a tendência de alta da empresa.

A emergência de uma crise do custo de vida, que afetou as vendas desses produtos devido ao período de guerra que se seguiu ao período pandémico, afetando negativamente o setor.

Contudo, as vendas de carne vegetal estão começaram a aumentar novamente, enquanto as vendas tradicionais de carne estão em declínio!

O crescimento é observado no setor de carnes vegetais como um todo. De acordo com a Grand View Research, o mercado global de carne à base de plantas foi avaliado em mais de US$ 4,4 bilhões em 2022 e deve crescer a um CARG de 24,9% de 2023 a 2030.

A demanda por carne tradicional está caindo?

A indústria da carne tradicional continua sendo um mercado enorme, com um valor estimado em quase US$ 900 bilhões. No entanto, os relatórios recentes mostram que, devido ao aumento do custo de vida, os consumidores estão reconsiderando suas escolhas na hora das compras.

O Meat Demand Monitor Project relata que a demanda do consumidor nos Estados Unidos consumiu o ápice no meio do ano passado, mas desde então tem apresentado declínio. Apesar disso, a demanda permanece maior do que em 2020, especialmente durante o período da pandemia.

De acordo com Glynn Tonsor, do Departamento de Economia Agrícola da Kansas State University, a queda na demanda não está necessariamente atribuída ao aumento dos preços. Ele destaca que as mudanças alimentares influenciam esse cenário, impulsionadas principalmente pela disseminação de novas dietas e conceitos de saúde pelas redes sociais. Cita-se, por exemplo, um aumento no número de pessoas que optam por diminuir o consumo carne ou experimentar dietas veganas.

Essa tendência mostra como as mudanças no estilo de vida e as novas perspectivas sobre saúde estão moldando o comportamento do consumidor em relação à carne e podem continuar impactando a indústria no futuro. Os produtores e varejistas devem estar atentos a essas mudanças para se adaptarem às motivadas na evolução constante dos consumidores e buscar alternativas mais direcionadas com as demandas de um público cada vez mais preocupados com questões ambientais e de bem-estar.

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Imagem ilustrativa de capa: Pexels

Por Ana Cristina Gomes em 24 de julho
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