A startup Biotecam, especialista em biotecnologia e ambiente, acaba de lançar um biotecido sustentável e vegano, feito a partir do cultivo de bactérias, chamado de Texticel.

O desenvolvimento do tecido recebeu o apoio da EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e o pelo setor de inovação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFFluminense/ Campus Guarus), em Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro.

Sobre o tecido Texticel

De acordo com Ricardo Remer, CEO da Biotecam, tudo começou com uma demanda de representantes do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, que estavam interessados em desenvolver um projeto sobre tecnologia na moda.

A Biotecam já possuia técnicas para a produção de biotecidos, elaborados a partir do cultivo de bactérias que utilizam açúcar e resíduos para tramar nanofibras feitas de celulose. Através do apoio técnico e financeiro da EMBRAPII, a startup decidiu desenvolver o projeto.

Uma das principais vantagens do biotecido vegano, é a economia de água durante o processo de produção. “Para cada m² de couro produzido, são consumidos 50 mil litros, por outro lado o tecido Texticel consome apenas 50 litros de água para cada m². Ou seja, quando comparado a produção do couro, o consumo de água é muito menor”, relata o CEO. Além disso, o tecido é biológico, vegano e não utiliza produtos químicos complexos e perigosos durante o processo de fabricação.

Apoio

O projeto começou a ser desenvolvido em 2021, com um processo de duração de seis meses. Remer explica que o apoio da EMBRAPII e do IFFluminense foi essencial para a automação das etapas de produção. Assim, a empresa criou contêineres utilizados para preparação, cultivo e secagem do biotecido, além do desenvolvimento de uma prensa especial para acelerar esse último processo. Segundo Remer, esse apoio auxiliou o projeto a ter lotes de produção em grande escala, com o objetivo de atender produtores de bolsas.

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Imagem ilustrativa de capa: Divulgação Biotecam

Por Ana Cristina Gomes em 4 de novembro
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