A refeição plant-based é mais barata? 

A Mercy for Animals, organização sem fins lucrativos de proteção animal, promoveu um levantamento realizado pelo programa Alimentação Consciente Brasil (ACB), onde foi comparado a diferença de custo entre preparar pratos tradicionais com carne bovina e pratos com apenas vegetais em quatro capitais brasileiras. 

A refeição plant-based é mais barata: conheça o cardápio do estudo 

Para o estudo, a pesquisa analisou uma refeição que incluía os seguintes ingredientes: 

  • Feijão-carioca. 
  • Arroz branco. 
  • Cenoura com abobrinha. 
  • Salada de alface. 
  • Tomate. 
  • Beterraba. 
  • Laranja (como sobremesa). 

A única diferença entre as duas análises foi a substituição da carne moída (no prato de origem animal) pelo hambúrguer de feijão (preparado em casa). Nesse caso, foi concluído que a refeição plant-based é até 60% mais barata do que o prato com inclusão da carne bovina. 

O estudo apontou a economia que a troca traz nas seguintes capitais: Recife (39%), Belo Horizonte (54%), Rio de Janeiro (58%) e São Paulo (60%). 

Para ter uma ideia, em São Paulo a refeição tradicional custava R$ 7,81, enquanto a 100% vegetal tinha um valor de R$ 3,14. A menor diferença foi percebida na capital de Recife, onde a refeição com carne custava R$ 5,17 e a plant-based R$ 3,15. 

Já as capitais do Rio de Janeiro e Belo Horizonte tiveram números mais parecidos, com uma diferença de 4%. 

Na cidade de Belo Horizonte você consegue encontrar o preço de R$ 8,67 na refeição tradicional e acha a versão vegetal por R$ 3,96, já no Rio de Janeiro o valor fica em R$ 6,27 para o que tem carne e R$ 2,66 para o prato plant-based.

As fontes das pesquisas sobre as capitais foram: CEASA/PE (Recife), TCE/MG-Banco de Preços (Belo Horizonte), TCE/RJ-Banco de Preços (Rio de Janeiro), bem como CEAGESP e Supermercado Sonda (São Paulo). 

“A substituição da carne bovina por feijão ou outras leguminosas, como lentilha, grão-de-bico, entre outras, é uma saída mais em conta e mais saudável para as pessoas continuarem a ter um consumo de proteína e ferro adequados”, destacou Bruna Nascimento no comunicado, nutricionista e Especialista Sênior em Políticas Alimentares da Mercy for Animals. 

A profissional apontou que um pedaço de carne com 100 gramas pode ser substituído por sete colheres de sopa de feijão — ou uma concha de tamanho grande — além de ter alertado que ao fazer a substituição é bom se atentar no consumo de produtos ricos em vitamina C junto ou após as refeições: “Isso ajuda a aumentar a absorção do ferro presente nos feijões”, completou. 

Programa Alimentação Consciente Brasil

O programa é uma iniciativa da Mercy for Animals, visando incentivar o aumento do consumo de produtos de origem vegetal. 

Nos cinco anos de existência, já conseguiu servir mais de 15 milhões de refeições plant-based em instituições parceiras do poder público, bem como oferecer uma consultoria gratuita para a adaptação de cardápio e treinamentos teóricos e práticos.

“Fazendo essa inclusão no cardápio de instituições que servem refeições em larga escala, como escolas e restaurantes populares, conseguimos contribuir significativamente para uma mudança sistêmica na cultura alimentar”, apontou Alice Martins, gerente sênior de Políticas Alimentares do ACB. 

Os parceiros do programa incluem: Prefeitura de Cuiabá, Secretaria de Educação de São Gonçalo, Prefeitura de Sinop (MT), Fundação Municipal de Educação de Niterói (RJ), Prefeitura Municipal de Niterói, Instituto Federal Sul de Minas Gerais e Prefeitura de Belo Horizonte. 

“Apesar de não ser um objetivo do programa, a otimização de recursos em instituições do poder público é uma consequência que possibilita um reinvestimento em uma maior diversidade de alimentos de origem vegetal nos cardápios ou até no fomento de formas mais justas de produção, como a agricultura familiar”, complementou Alice. 

Gostou dessa notícia? Aproveite e leia também: 

61% dos sul-americanos estão dispostos a experimentar alimentos plant-based

81% dos militares estadunidenses desejam refeições plant-based

7 provas de que ser vegano é barato

*Imagem ilustrativa de capa: Unsplash

Por Amanda Stucchi em 30 de junho
Faça parte da comunidade da Vegan Business no WhatsApp: Notícias | Investidores