A marca italiana Dolce & Gabbana não usará mais peles de animais em suas coleções a partir de 2022. 

Marca não usará mais peles de animais

A Dolce & Gabbana explicou em sua rede social

“Dolce & Gabbana escolheu descontinuar o uso de peles de animais em todas as suas coleções começando em 2022. Com a visão de preservar o trabalho e profissionalismo dos ‘mestres de pele’, guardiões de um conhecimento específico e habilidades com um indispensável valor agregado, Dolce & Gabbana continuará a colaborar com esses artesões na criação de peças e acessórios com pele ecológica, uma alternativa falsa que utiliza materiais reciclados e recicláveis. A nova política foi apoiada pela Humane Society dos Estados Unidos e a Humane Society Internacional, de acordo com as guidelines da Fur Free Alliance”. 

Fedele Usai, diretor de comunicação e marketing do grupo, também destacou à imprensa: “A Dolce & Gabbana está trabalhando para um futuro mais sustentável que não pode contemplar o uso de peles de animais. Todo o sistema da moda tem um impacto social significativo, esse papel de responsabilidade deve ser promovido e incentivado”.

A visão das instituições de proteção animal 

A People for the Ethical Treatment of Animals (PETA) comemorou a decisão da marca em proibir o uso das peles, dizendo que está alinhada aos tempos modernos: “Nenhuma pessoa bondosa quer usar a pele e o pelo de animais atormentados”. 

A instituição apontou que ocorreu duas décadas de pressão para a empresa tomar essa decisão, relatando que mais de 300 mil e-mails foram enviados e houve protestos dentro e fora das lojas. 

A Last Chance for Animals também aplaudiu essa decisão. Chris DeRose, fundador e presidente da instituição, disse em um comunicado: “A cada ano, milhões de animais são criados em condições horríveis e brutalmente mortos por roupas e acessórios. A morte de inúmeros animais não é apenas cruel, mas desnecessária. Nós felicitamos a notícia de que outra marca de alto nível se comprometeu com uma indústria da moda mais compassiva”.

Outras marcas que tomaram essa decisão

Felizmente, não é só a Dolce & Gabbana que percebeu a necessidade de parar de utilizar peles de animais, já que outras empresas famosas também tomaram a mesma decisão no ano passado. 

O Grupo Kering — composto pela Gucci, Saint Laurent, Bottega Veneta, Balenciaga, Alexander McQueen, entre outras — já havia informado em setembro passado que parará de utilizar peles de animais em todas as suas marcas a partir da coleção de outono de 2022. 

François-Henri Pinault, presidente e CEO do Grupo Kering, destacou em uma comunicação: “Por muitos anos, Kering tem se esforçado para pavimentar o caminho para o desenvolvimento sustentável, guiado por uma visão de luxo que está intimamente ligada aos mais altos valores e padrões ambientais e sociais”.

O Grupo Armani baniu o uso de peles de animais em 2016, após ativistas pelos direitos dos animais terem feito lobby. Porém, no final do ano passado também anunciou que parará de utilizar a lã de angorá em suas próximas coleções, a partir das temporadas de outono-inverno de 2022 a 2023. 

Isso demonstra que cada vez mais marcas — especialmente as de luxo — estão se conscientizando sobre a importância da sustentabilidade e bem-estar animal. 

Gostou dessa notícia? Aproveite e leia também: 

Marca de luxo canadense anuncia que não usará mais peles de animais

Startup holandesa desenvolve pele de animal feita com células

Venda de peles é proibida em Israel

*Imagem de capa: WiNG, CC BY 3.0, via Wikimedia Commons / sem alterações

Por Amanda Stucchi em 2 de fevereiro
Faça parte da comunidade da Vegan Business no WhatsApp: Notícias | Investidores