A Yumi é uma marca de alimentos plant-based infantis, localizada nos Estados Unidos, seus produtos são todos adequados para dietas vegetarianas e veganas. Os alimentos também não contém glúten, conservantes e açúcares, além disso, não são geneticamente modificados nem possuem os nove maiores alergênicos.
Conforme a Forbes, recentemente a empresa conseguiu US$ 67 milhões em uma rodada da Série B. Até o momento, a Yumi obteve US$ 79 milhões em investimentos! Quem liderou essa rodada foi o Jazz Ventures Partners — que investe em tecnologias para desbloquear o potencial humano — AF Ventures e Anne Wojcicki (cofundadora da empresa de genômica pessoal e biotecnologia 23andMe).
A empresa foi fundada pela Angela Sutherland (antiga banqueira de investimentos) e a Evelyn Rusli (jornalista que trabalha no Wall Street Journal e New York Times).
Tudo começou quando Angela engravidou de seu primeiro filho e descobriu que os primeiros mil dias de vida são essenciais para o desenvolvimento de uma criança. O período é considerado importante pelos profissionais de nutrição para o desenvolvimento do cérebro, corpo, metabolismo e sistema imunológico.
Como ela trabalhava, não encontrou opções disponíveis nas prateleiras que atendessem as necessidades nutricionais de seu bebê, percebeu que existiam muitos produtos com datas de validades longas e grande adição de açúcar. Pensando nisso, fez uma parceria com sua amiga Evelyn Rusli para desenvolver a marca Yumi.
Marca de alimentos plant-based infantis: a trajetória até o investimento
Angela afirmou para a Forbes que o momento de levantar capital foi complicado.
Elas ouviram mais não do que sim, e informaram que os investidores estavam céticos: eles questionavam o quanto os pais se preocupavam com as quantidades de ferro ou folato nos pratos dos filhos.
Além disso, conforme a Harvard Business Review, os investimentos em startups lideradas por mulheres caíram em 2020: foram de 2,8% em 2019 para 2,3% em 2020, segundo consta no Crunchbase.
A matéria afirmou que alguns especulam que essa redução ocorreu porque os investidores estão mais cautelosos e desejam permanecer em suas redes existentes, formada majoritariamente por homens.
Mesmo assim, também é dito que quando as startups lideradas por mulheres recebem investimentos, é mais provável que o empreendimento tenha mais sucesso. Um possível motivo para essa situação é o seguinte: como é mais difícil receber investimentos, é necessário ter um plano de negócios mais sólido.
Angela disse a Forbes que desde a expansão nacional da marca em 2019, a empresa teve um crescimento de 20 vezes e alimenta 3% de todos os bebês dos Estados Unidos. As duas também tem a meta de conquistar US$ 100 milhões em vendas de produtos em 2022.
O novo investimento auxiliará nesse crescimento contínuo, sendo aplicado para expandir os produtos que serão comercializados em uma distribuição omnichannel (convergência de canais utilizados pela empresa).
Mercado de alimentos infantis
Apesar de não termos uma estatística para o mercado de alimentos infantis à base de plantas, sabemos que a indústria alimentícia infantil está crescendo de forma geral.
De acordo com a Statista, é provável que esse mercado cresça de US$ 71,4 bilhões em 2018 para US$ 98,9 bilhões em 2024. Os Estados Unidos — país da Yumi — está em sexto lugar nesse mercado, sendo que o primeiro é a China.
Além disso, um estudo que analisou mais de 2 mil famílias no Reino Unido (com crianças de 12 anos ou menos), revelou que 1 em cada 12 pais estão criando seus filhos como veganos, principalmente por questões de saúde, sendo que 13% alimenta seus filhos com dietas vegetarianas.
Portanto, podemos perceber que existe um grande mercado para esse setor.
Gostou dessa notícia? Aproveite e leia também:
Data comemorativa: 7 marcas veganas para as crianças
Marca que produz proteínas do leite materno levanta US$ 20 milhões
Marca de alimentos infantis levanta US$ 11 milhões em rodada da Série A
*Imagem de capa: Reprodução Yumi / via Facebook @Yumi
Compartilhe: