A Wilk, empresa de biotecnologia israelense, lançou um projeto para produzir o primeiro iogurte do mundo utilizando gordura de leite cultivado.
Primeiro iogurte usando gordura de leite cultivado
A iniciativa terá duração de cerca de seis meses, culminando na incorporação da gordura ao produto. Vale destacar que nessa primeira fase esse será um produto conceito.
Além disso, nesse mesmo momento a empresa está trabalhando para expandir a capacidade de produção de gordura cultivada em suas instalações e estabelecer métodos ideais de separação de gordura para o uso em alimentos.
O produto também servirá para provar a viabilidade da tecnologia baseada em células da marca.
“[…] Continuaremos investindo nossos esforços e recursos para desenvolver leite e leite materno cultivados em células, componentes que ajudarão nossos parceiros a produzir produtos mais saudáveis de maneira mais sustentável”, afirmou Tomer Aizen (CEO da Wilk) em um comunicado.
Junto com os avanços no desenvolvimento de gordura de leite cultivado para os produtos lácteos, a empresa também está trabalhando para acelerar a produção de componentes de leite humano cultivado para serem adicionados à fórmula infantil e desenvolver produtos otimizados para o crescimento e desenvolvimento dos bebês.
Como funciona o processo tecnológico da empresa?
Se você ficou com curiosidade para entender o processo tecnológico da empresa, iremos te contar!
Primeiro a empresa coleta tecido da glândula mamária de humanos e animais, depois isola as células produtoras de leite de outras células. Após isso, cultivam essas células fazendo as mesmas crescerem em um biorreator. Por último produzem, criando ingredientes do leite personalizados.
Sobre a Wilk
A Wilk foi fundada no ano de 2020, possuindo patentes de processos de produção que replicam as células produtoras de leite de humanos e outros mamíferos para desenvolver o leite e seus componentes no laboratório.
Anteriormente era chamada de BioMilk, porém, trocou o nome em 2021. A alteração visava representar seu compromisso em transformar a indústria de laticínios utilizando tecnologias que facilitam a produção sustentável do leite cultivado humano e animal.
“Vemos uma oportunidade única para nossa empresa estar na vanguarda da Revolução do Leite, trabalhando com outros atores-chave para o benefício da humanidade, por isso nossa decisão de mudar a marca de BioMilk para Wilk. O ‘W’ em Wilk significa ‘nós’ e representa como, ao colaborar com parceiros da indústria, todos podemos trabalhar juntos para estabelecer meios de produção sustentáveis que possam garantir o fornecimento contínuo de leite e produtos lácteos para as gerações futuras”, comentou Tomer Aizen em outro comunicado.
Conforme mostrou o Crunchbase – plataforma para buscar informações comerciais de empresas privadas e públicas – o negócio levantou US$ 1 milhão em toda sua história. Atualmente, já é negociada na bolsa de valores de Tel Aviv com o símbolo WILK.
Gostou dessa notícia? Aproveite e leia também:
Conheça 16 snacks veganos para experimentar
Oportunidade: investimento em iogurte plant-based
3 startups que trabalham para substituir a gordura animal
*Imagem de capa: Divulgação Wilk
Compartilhe: