O Hilton Food Group declarou que suas duas categorias tanto a vegana, quanto a vegetariana tiveram um crescimento de 40%, desde o início de 2022.
A marca fornece alimentos plant-based para varejo há mais de 40 anos e seu portfólio inclui tanto produtos frescos, como congelados: o picadinho de hambúrguer e nuggets de frango, são dois destes produtos.
De acordo com a empresa, a categoria vegana vem crescendo, alimentada pelo flexitarianismo e pelo aumento da busca por proteínas alternativas.
O aumento das vendas de produtos plant-based, fez com que a receita total da Hilton aumentasse 20%, passando a valer: £ 2.038,7 milhões.
O presidente-executivo da Hilton Foods, Philip Heffer, declarou que:
“No primeiro semestre do ano, a Hilton fortaleceu ainda mais sua posição como o parceiro internacional de proteínas preferido. Continuamos focando em nossa estratégia de diversificação e diferenciação, impulsionando ainda mais o aumento de volumes, vendas e lucro operacional”.
A empresa ainda completou dizendo que: “Sem carne para muitos é um modo de vida, por isso oferecemos total conveniência e escolha, incluindo hambúrgueres substitutos sem carne, almôndegas, costeletas, aves, kievs, bifes, fatias, frutos do mar e palitos, frescos ou congelados. E podemos adaptar nossos produtos sem carne aos mercados locais, segmentos de consumo e preços”, explica a empresa.
Os planos futuros da Hilton Food envolvem alocar fundos para P&D e desenvolver outros produtos como: refeições prontas, padaria vegana e melhores alternativas de carne plant-based.
Número de buscas por produtos veganos aumenta no Brasil
O número de brasileiros que optam pelo consumo de produtos sem origem animal tem aumentado a cada ano que passa. Se tratando de alimentação, uma pesquisa realizada em 2018 pelo Ibope Inteligência, mostrou que 14% da população do país se declara vegetariana.
Já outra pesquisa feita em 2021, pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) mostra que 46% dos brasileiros optaram por diminuir o consumo de carne pelo menos uma vez na semana.
Ricardo Laurino, o presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), fala sobre seus pontos de vista sobre as mudanças de comportamento na população.
“Podemos dizer que o vegetarianismo é uma linha do veganismo. O vegano faz uma opção total por não consumir produtos de base animal, uma visão mais contundente sobre o seu próprio comportamento, muito além de uma alimentação mais saudável”.
Explica ele em matéria divulgada recentemente pelo veículo Correio Braziliense. “Em um, dois, três ou vários dias por semana, os brasileiros têm optado por fazer refeições vegetarianas ou veganas”, acrescenta.
Segunda sem Carne (SSC)
A escolha de diminuir o consumo de proteína animal é um movimento que tem crescido e desde 2009, no Brasil existe um movimento conhecido como Segunda Sem Carne (SSC). A iniciativa convida as pessoas a trocarem pelo menos uma vez na semana, a proteína animal pela vegetal.
No ano passado, 46% da população brasileira já era adepta ao movimento. Apesar de ter sido “fundado” por Paul McCartney, hoje o Brasil é reconhecido por ter o maior número de adeptos do SSC em relação ao restante do mundo.
Desde 2009, escolas, refeitórios corporativos, organizações e restaurantes têm servido oriundas de fonte de proteína vegetal e hoje são servidos mais de 300 milhões de refeições veganas e vegetarianas nestes espaços.
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*Imagem ilustrativa de capa: Divulgação Hilton Food Group
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