A AlgiKnit, empresa estadunidense que desenvolveu fios de algas marinhas, levantou US$ 13 milhões em uma rodada da Série A. O investimento foi liderado pelo Collaborative Fund, com participações da H&M Co:LAB, Third Nature Ventures, Starlight Ventures, Horizons Ventures e SOSV. 

O valor será utilizado para escalar a produção de fios de algas marinhas

O investimento será aplicado para escalar a produção de fios e fibras de algas marinhas, o produto tem diversos usos nas indústrias de moda, interiores e móveis e automotivo. 

É produzido ao se extrair a substância alginato das algas marinhas gigantes — alginato é um grupo de polissacarídeos utilizado em vários mercados — e depois, combinando os mesmos com biopolímeros renováveis. Após estar pronto, é possível tingir o produto com pigmentos naturais. 

Outra novidade de junho foi a abertura de uma fábrica com 15 mil pés quadrados (1.393 metros quadrados),  localizada na Carolina do Norte. Nela, a empresa buscou minimizar a pegada de carbono utilizando materiais reciclados e também móveis de segunda mão. 

“O processo de construção foi baseado na criação de um ambiente de trabalho vibrante e inovador sem comprometer nosso compromisso com o planeta. Desde a utilização de um espaço existente que atendeu às nossas especificações, até a reutilização e reaproveitamento do máximo possível, a sustentabilidade sempre foi uma prioridade”, apontou Aleksandra Gosiewski em um comunicado, co-fundadora e COO.

É informado que com a abertura das instalações, a empresa está focada na expansão das capacidades de produção, bem como aumento de parcerias e equipe para atender à demanda global de forma mais rápida. 

“Este é um grande próximo passo para levar essa tecnologia à escala e criar mudanças positivas e tangíveis para o planeta. Estamos muito empolgados em fazer parceria com investidores novos e existentes que compartilham nossa visão de transformar o ecossistema da moda”, destacou Tessa Callaghan, CEO e co-fundadora. 

A poluição na indústria da moda 

A moda é a segunda indústria mais poluente, só ficando atrás da indústria de petróleo, segundo a BBC. Para você ter uma ideia, o poliéster leva mais de 200 anos para ser decomposto! 

“A indústria têxtil é responsável por até 8% das emissões de CO2 do mundo — além de ser extremamente poluente e intensiva em água. Estamos entusiasmados por liderar a rodada da Série A da AlgiKnit e por investir em uma tecnologia que leva o mundo para um futuro mais sustentável”, adicionou Sophie Bakalar, sócia da empresa investidora Collaborative Fund.

O produto da AlgiKnit é facilmente decomposto em instalações de compostagem e também nos aterros sanitários. 

Sobre a AlgiKnit 

A empresa de biomateriais, fundada em 2017, foi criada por Tessa Callaghan (CEO), Aleks Gosiewski (COO) e Aaron Nesser (CTO). Atualmente, tem uma sede na Carolina do Norte e um escritório em Nova York. 

“A AlgiKnit está criando fios eco-conscientes e renováveis ​​para a economia circular. Estamos desenvolvendo fios renováveis ​​de alga marinha, um dos organismos mais regenerativos do planeta. Nosso material é feito para todos: um recurso funcional e acessível sem danos ambientais”, escreveu a empresa. 

Com o novo investimento, a marca conquistou US$ 17,9 milhões em toda a sua história. 

Gostou dessa notícia? Aproveite e leia também: 

Mercado Alimentos plant-based impulsionam o mercado de proteínas de algas

Proteína de algas: a próxima substituição para os leites

Manioca lança snacks veganos inspirados na Amazônia

*Imagem de capa: Divulgação AlgiKnit

Por Amanda Stucchi em 1 de julho
Faça parte da comunidade da Vegan Business no WhatsApp: Notícias | Investidores