A Bon Vivant  é uma startup francesa que irá desenvolver leite plant-based feito com fermentação de precisão, dessa forma, é informado que o sabor será mais parecido com o leite de origem animal. Conforme o Vegconomist, os participantes da rodada incluíram a Alliance for Impact, High Flyers Capital, Kima Ventures, Founders Future e Picus Capital. 

A empresa foi fundada por Hélène Briand (engenheira agrônoma) e Stéphane Mac Millan (empresário). 

Como desenvolver leite plant-based com fermentação de precisão?

O método de fermentação de precisão foi criado por Louis Pasteur, desenvolvido no século XIX, já é muito usado nas indústrias de vinho e cerveja. 

No caso da Bon Vivant, a empresa utiliza as leveduras para produzir proteínas do leite, cultivado as mesmas em um meio de cultura vegetal para que fermentem, depois, separa a levedura das proteínas. Legal, não é? 

O resultado é uma proteína de leite, completamente idêntica às que as vacas produzem, mas sem ter lactose, antibióticos ou colesterol. Como não envolve animais, o produto é adequado para veganos e, ainda, o impacto ambiental é menor. Vale lembrar que as vacas soltam metano, contribuindo para o efeito estufa: conforme o EPA United States Environmental Protection Agency, os animais causam 25% do metano dos Estados Unidos. 

“A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação estima que até 2050 a demanda global por proteína animal aumentará de 50 a 100%. No entanto, nosso atual sistema de produção agrícola causa distúrbios climáticos (aumento do volume de gases de efeito estufa, superexploração de terras agrícolas o que leva ao empobrecimento de longo prazo, uso excessivo do volume de água necessário para a produção) que não podemos mais ignorar. Graças à fermentação de precisão, agora é possível produzir proteínas do leite, que depois usamos para trazer produtos lácteos reais e deliciosos, sem a necessidade de animais ou terras agrícolas”, escreveu a empresa. 

Pesquisa sobre o setor de fermentação de precisão dos EUA

Como curiosidade, a RethinkX fez uma pesquisa sobre o setor de fermentação de precisão.

Ali apontou que os volumes de produção nas indústrias de carne bovina e láctea dos Estados Unidos diminuirão 50% até 2030 e quase 90% até o ano de 2035. Ademais, é informado que o mercado de laticínio terá diminuído em quase 90% até 2030. 

Outro ponto interessante é que a indústria de fermentação de precisão criará no mínimo 700 mil empregos no país até 2030, chegando a um milhão de postos até 2035. 

Mercado de leite à base de plantas 

Quer conhecer mais sobre esse setor? 

O Persistence Market Research apontou que o mercado de leite à base de plantas deverá chegar a US$ 29,5 bilhões até o ano de 2031, crescendo a um CAGR de 9,5%. 

Os motivos para esse crescimento são os seguintes: 

  • Intolerância à lactose. 
  • Preocupações com calorias. 
  • Alta prevalência de pessoas com colesterol alto. 
  • Maior preferência por dietas veganas e à base de plantas. 
  • Novos produtos inovadores feitos com ingredientes plant-based para atrair mais clientes. 
  • Mais investimentos no setor de leite à base de plantas. 
  • Preocupações relacionadas à ética, sustentabilidade e saúde.  

“Devido ao aumento da utilização de leite à base de plantas que é empregado para fabricar produtos alimentícios saudáveis, os fabricantes obterão amplos lucros visando os produtores de alimentos e bebidas, bem como os participantes do setor de food service. Outro aspecto potencial de desenvolvimento para o mercado é o lançamento de novos e inovadores sabores”, comentou um analista da empresa de pesquisa. 

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*Imagem ilustrativa de capa: Unsplash 

Por Amanda Stucchi em 26 de abril
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