Num passeio pelo veganismo ao redor do mundo, te mostraremos uma visão geral sobre crescimento do veganismo no mundo.
Saúde, sustentabilidade e respeito pelos animais e meio ambiente. Estas são as três razões principais para reduzir ou abandonar o consumo de produtos de origem animal.
É notório que a cada dia mais pessoas aderem à causa, e a indústria logo segue a tendência. Veganos, vegetarianos e flexitarianos, antes minorias absolutas, já somam milhões mundo afora.
Esqueça as dúvidas, a revolução vegana já é uma realidade e está avançando a cada dia, protagonizada por um novo perfil de consumidores.
Qual a motivação por traz do veganismo?
Assim como preocupação com a saúde pode levar a mudanças nos padrões alimentares, a responsabilização com o meio ambiente e com a vida dos animais são as premissas que direcionam a escolha do estilo de vida vegano.
Consequentemente, a partir destas proposições, há um raciocínio lógico que questiona toda a cadeia de consumo, e não se retém apenas na temática da alimentação. A produção de roupas veganas, acessórios veganos e de produtos de higiene veganos são um exemplo, e o mercado responde a cada uma dessas preocupações.
O mais notável é que veganos estão difundindo a consciência de maior valor à vida em todas as suas formas, não se restringindo à vida humana. E toda essa mudança está acontecendo tão rapidamente, e tomando dimensões tão grandiosas, que o mundo não pode mais simplesmente fechar os olhos e ignorar essa nova realidade.
De mesmo modo, a indústria responde prontamente e desenvolve produtos que visam atender a esses consumidores, embasada em ética, sem exploração animal e com consciência ambiental.
Já sabemos que a indústria de cosméticos e produtos de higiene, por exemplo, pode abrir mão de testes em animais, diante disso, se há possibilidade de escolher um creme dental ou um sabonete de que a indústria declara não praticar testes em animais, essa será a opção mais sensata.
O resultado dessas escolhas? Ao exigirmos produtos em alinhamento ético aos nossos valores trocamos as empresas das quais compramos, determinamos que os processos sejam transparentes e a cadeia produtiva tende a se tornar mais amigável.
Assim o veganismo cresce.
Veganismo e vegetarianismo pelo mundo:
Apesar de não haverem publicadas pesquisas globais que estimem a população vegana e vegetariana mundial, há pesquisas independentes, realizadas em alguns países ocidentais.
Assim, temos números aproximados de pessoas que já aderiram a um novo estilo de vida, principalmente nos últimos anos:
- O número de veganos e vegetarianos no Reino Unido é de quase 5 milhões de pessoas (7% da população).
- Nos EUA, estima-se que já sejam em torno de 11 milhões de pessoas adultas (ou 3,3% da população total).
- No Canadá, já são aproximadamente 3,5 milhões de vegetarianos e veganos (10% da população).
- Na Alemanha, 3,5 milhões (4,3% da população).
- No Brasil, cerca de 30 milhões de pessoas se declaram vegetarianas ou veganas (14% da população).
A alimentação, um bom começo:
É notável, essa nova geração está atuando como uma verdadeira força motriz dessa mudança em todo o mundo. E, na maioria dos casos, tudo começa com a alimentação. Uma nutrição mais saudável, leve e ética.
As estatísticas da área de alimentos já se mostram incríveis. A demanda por alimentos à base de vegetais só cresce.
O relatório de previsão do grupo de uma consultoria de restaurantes em Nova York, já apontava a alimentação vegetariana como a tendência alimentar para 2018. Em 2019, o mesmo relatório reafirma a tendência e traz a inovadora “carne de laboratório” para o cenário.
Além disso, até mesmos as grandes empresas da área, como a Nestlé e Just Eat, ao analisarem suas estatísticas de vendas e negócios, já se conscientizaram do crescimento da demanda por alimentos veganos.
Igualmente, o GrubHub, maior serviço de delivery online dos EUA, divulgou em seu relatório anual que as encomendas de alimentos vegetais cresceram exponencialmente nos últimos anos.
Todo esse frenesi com a alimentação vegetariana pode ser resultado das pesquisas divulgadas na atualidade.
Sobretudo, a comunidade científica internacional defende a dieta vegetariana ou vegana, desde que equilibrada, como a mais adequada para todos, incluindo os atletas.
A ética e a causa animal
Dentro do leque de possibilidades e dos estágios de renúncia aos produtos de origem animal, existem três razões fundamentais para dar o salto: saúde, meio ambiente e respeito pelos animais.
Na Espanha, a consultoria Lantern papers publicou um consistente relatório, o “The green revolution”, resultado de pesquisas qualitativas e quantitativas.
Quando investigadas os principais motivos para a adoção do estilo de vida vegano e, principalmente, da alimentação vegetariana, obtiveram os seguintes resultados:
- 17% por motivos de saúde
- 21% pela sustentabilidade ambiental
- 57% pela ética e bem-estar animal
Logo, a escolha pautada na ideologia da ética e bem-estar animal ampara a essência da causa, que vai além de uma mera escolha alimentar e representa um legítimo estilo de vida, uma verdadeira filosofia.
Assim sendo, é notório que o veganismo cresce por questões ideológicas e de saúde, enquanto é apoiado pela indústria e fortalecimento do mercado vegano. Concordemos ou não, o movimento se expande mundo afora e se fortalece, assim como, as oportunidades de mercado criadas por ele.
Curtiu o nosso artigo sobre o sobre crescimento do veganismo no mundo? Leia também sobre Ayurveda, a ciência da vida longa, feliz e saudável.