Após anunciarmos as certificações sustentáveis de mais de 75 mil produtos na Amazon, há outra novidade dessa gigante do e-commerce:  a empresa de metadados, Label Insight, descobriu que houve 44 mil pesquisas por carne alternativa no varejista durante o mês de junho. Para isso, realizou a comparação nas principais empresas de comércio. 

Os consumidores utilizavam termos como “frango vegano”, “carne vegana”, “hambúrgueres veganos” e “peixe vegano”, demonstrando sua vontade em encontrar esses produtos. 

A Label Insight também afirmou que as buscas por hambúrgueres de feijão aumentaram 45% no mesmo período, o que pode mostrar que alguns clientes desejam opções menos processadas. 

Esse não é o único estudo que aponta uma mudança da preferência do consumidor para alternativas veganas e/ou à base de plantas. Como já falamos aqui no Vegan Business, os infográficos da Business Expert apontaram que haverá um crescimento na economia vegana, sendo que em 2027 esse mercado pode chegar a US$ 35,5 bilhões. Já a indústria dos alimentos feitos à base de plantas será 100 vezes maior em 2050, segundo um relatório da Credit Suisse. 

Outra pesquisa que relata essa tendência é a do Plant Based Foods Association (PBFA) com o The Good Food Institute (GFI), que relata que a taxa de crescimento para alimentos plant-based nos Estados Unidos mais do que dobrou no ano passado, com vendas chegando a US$ 7 bilhões e aumento de 27%.  É dito que houve um aumento consistente no território, pois todas as regiões do censo apresentaram um crescimento de mais de 25%. 

É importante ressaltar que esse processo de mudança para a carne alternativa não é de hoje. No ano de 2019 as vendas de alimentos vegetais no território estadunidense alcançaram US$ 5 bilhões, com previsão de crescimento anual de 11,4%, sendo considerado um pouco maior do que 2018, ano com crescimento de 11% e vendas de US$ 4,5 bilhões. Com relação a carne, 18% das famílias compraram carnes com base vegetal em 2020 (o número era 14% em 2019). 

Porém, e no Brasil? A resposta curta é que a tendência permanece a mesma. 

Segundo uma informação divulgada pelo Google e veiculada no Estadão, as buscas realizadas na ferramenta de pesquisa por “carne vegetal” aumentaram 150% entre 2015 e 2019. A empresa também fez uma pesquisa com mais de 4 mil internautas, através do Google Survey, que revelou que 57% dos brasileiros estavam dispostos a reduzir seu consumo de carne, pelo menos, uma vez na semana. 

A vontade de reduzir a carne animal também foi apontada em um estudo do IPEC, encomendado pela Sociedade Vegetariana Brasileira, que mostrou que 46% dos brasileiros não consomem carne, por desejo próprio, pelo menos uma vez na semana. 

Já uma pesquisa do The Good Food Institute com o IBOPE, feita com mais de 2 mil participantes das classes A, B e C,  disse que mais brasileiros estão se tornando flexitarianos, pois 49% decidiram reduzir seu consumo de carne entre maio de 2019 e abril de 2020. 

Um trecho afirmou: “Vale ressaltar que, apesar do número de flexitarianos seguir crescendo, os produtos de origem animal ainda são bastantes presentes na alimentação do brasileiro. Dessa forma, desenvolver o setor de proteínas alternativas em direção aos produtos convencionais que têm consumo alto entre os brasileiros pode ser eficaz”. 

Logo, podemos afirmar que com essa mudança no perfil de consumo de alimentos para a carne alternativa, é possível que mais grandes varejistas registrem números como os da Amazon. 

Aproveite e leia também: 

O Que é Agricultura Sustentável? Exemplos, Tipos e Tudo Sobre o Assunto

Mel não é vegano: entenda os motivos e os possíveis substitutos 

Aplicativos veganos: 8 para salvar a sua vida

*Imagem de capa: Unsplash

Por Amanda Stucchi em 9 de agosto
Faça parte da comunidade da Vegan Business no WhatsApp: Notícias | Investidores