A indústria de amido de ervilha está crescendo. É isso que aponta o relatório da Research and Markets, de junho de 2021, esse mercado foi avaliado em US$ 134 milhões no ano passado, estimado em US$ 143 milhões neste ano e tem uma previsão de atingir US$ 203 milhões em 2026, crescendo a um CAGR de 7,2%. 

O amido de ervilha é um produto utilizado para diversos fins, por exemplo, alimentos, bebidas e rações para animais domésticos. Além disso, com relação ao crescimento desse mercado, existe uma demanda crescente por produtos sem glúten. Algo importante de se notar é que estudos sugerem que a sensibilidade ao glúten afeta entre 0,5% e 0,6% da população mundial, sendo mais comum na idade adulta e prevalente nas mulheres. 

Já há 10 anos, pesquisadores indicavam o aumento da procura pelos produtos sem glúten: “O número de indivíduos que adotam uma dieta sem glúten (GFD) parece muito maior do que o número projetado de pacientes com doença celíaca, alimentando um mercado global de produtos sem glúten de aproximadamente US$ 2,5 bilhões (EUA) em vendas globais em 2010.”, relataram os pesquisadores da Universidade de Maryland, em Baltimore (EUA). 

Na indústria alimentícia o amido de ervilha pode ser utilizado em diversos pratos, o relatório dá alguns exemplos, como macarrão, frituras, sopas, molhos, enlatados, laticínios, cereais matinais, entre outros. O produto também é muito utilizado para melhorar tanto a paletização quanto a textura dos alimentos. É dito: “O amido de ervilha é um substituto de rótulo limpo para amido modificado de batata e milho. O amido de ervilha tem sido aceito nos últimos anos na indústria de alimentos e bebidas devido ao aumento na demanda por ingredientes naturais ou orgânicos em vez de ingredientes inorgânicos”. 

O maior mercado de amido de ervilha é a Ásia-Pacífico, sendo esperado que aumente sua demanda na China, Índia, Japão e outros países do sudeste da Ásia. A utilização do produto no continente é para a fabricação da aletria (uma massa alimentícia, de fios finos, usada em sopas e doces) e para o macarrão. Também é utilizado em rações e na aquicultura (ciência que estuda e desenvolve as técnicas de cultivo e reprodução de animais aquáticos). Além disso, houve um aumento de demanda por ingredientes naturais e clean-label na região, e um aumento em investimentos na área de bebidas e alimentos na Ásia-Pacífico.

Os principais players deste mercado, conforme a Research and Markets, são os seguintes: Emsland Group, Coscura Groupe Warcoing SA, Roquette Freres, Vestkorn Milling AS, Ingredion Incorporated, Axiom Foods Inc., Felleskjopet Rogaland Agder, AGT Food and Ingredients, Parheim Foods e a Puris Foods. 

O amido de ervilha já é utilizado em produtos plant-based. Um exemplo é o N.ovo, feito de proteína da ervilha, amido de ervilha e linhaça, que não contém ingredientes de origem animal, e pode ser utilizado na preparação de bolos, pães, massas, panquecas, entre outros pratos.

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*Imagem de capa: Pexels

Por Amanda Stucchi em 12 de julho
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