Ontem foi o Dia Mundial do Leite Escolar, e em homenagem à data a The Vegan Society e a ProVeg International fizeram um movimento para que o leite à base de plantas fosse oferecido para as crianças nas escolas .

Desde os anos 2000 o Dia Mundial do Leite Escolar, é associado ao leite lácteo, mas agora empresas estão reivindicando a data para que os leites vegetais façam parte do dia.

Jasmijn de Boo, vice-presidente da organização de conscientização alimentar ProVeg International, comentou sobre a iniciativa.

“O leite à base de plantas oferece às pessoas com intolerância ou alergia ao leite uma escolha muito maior nas refeições escolares e há uma variedade crescente de leites nutritivos à base de plantas para escolher. Esses leites também oferecem mais opções para os jovens que também desejam bebidas amigáveis ​​aos animais”, afirmou.

“Os jovens estão ansiosos para fazer a diferença como indivíduos para os desafios que enfrentamos com as mudanças climáticas. Eles estão se tornando mais conscientes de que o que comemos e bebemos impacta o meio ambiente”, completou de Boo.

Petição para incluir leite vegetal nas escolas da União Europeia tem 35 mil assinaturas

A ProVeg está realizando uma petição para incluir o leite vegetal nas escolas da União Europeia que já tem mais de 35 mil assinaturas! 

“Os leites à base de plantas enriquecidos com cálcio são opções sustentáveis ​​e saudáveis ​​que devem ser incluídas no esquema escolar à medida que a sociedade europeia muda para uma dieta mais baseada em vegetais”, afirmou Jasmijn de Boo, vice-presidente da ProVeg, em um comunicado

A iniciativa oferece aos cidadãos europeus a oportunidade de apoiar a inclusão do leite vegetal enriquecido com cálcio nas refeições escolares. 

Os motivos para a petição incluem:  

  • Apoiar uma dieta equilibrada e mais saudável. 
  • Oferecer uma alternativa nutritiva para quem passa por intolerância à lactose e alergia ao leite de vaca.
  • A pegada de carbono dos leites vegetais é menor do que o leite de vaca.
  • Preocupação com o bem-estar animal durante o transporte e processo de produção dos laticínios tradicionais.
  • Auxilia na inclusão das crianças (mesmo aquelas que desejam não consumir produtos lácteos, podem beber o leite vegetal). 

Para ter uma ideia, a instituição apontou que alguns leites plant-based possuem uma pegada de carbono entre 63% e 78% menor do que o leite de origem animal. 

“Oferecer leites à base de plantas ajudará a UE a descarbonizar a sociedade e, ao mesmo tempo, permitirá maior escolha para aqueles que não querem beber leite de vaca com a refeição escolar”, continuou Jasmijn de Boo.

Atualmente, a União Europeia também está realizando um processo de consulta pública sobre o regime escolar da região,  encerrando em 28 de julho de 2022,  referente a distribuição de fruta, produtos hortícolas e leite. Ali também é questionado se leites plant-based podem ser adicionados. 

A revisão contribuirá para promover o consumo alimentar sustentável que também faz parte da Farm to Fork (estratégia que visa acelerar a transição para um sistema alimentar mais sustentável).

Campanha da Oatly para leite vegetal nas escolas da União Europeia

A Oatly, empresa sueca que produz leites à base de aveia, também fez uma campanha pedindo a inclusão de leites plant-based nas escolas. Intitulada Normalize It (normalize em tradução livre) mostra crianças “contrabandeando” leite vegetal para dentro das escolas. 

No final, o pedido é realizado: “Inclua o plant-based no esquema de leite escolar”. 

“Neste momento, a União Europeia abriu uma consulta pública, dando-nos a oportunidade de incentivá-los a incluir bebidas à base de plantas no esquema escolar. Assine a petição dos nossos amigos da ProVeg e dê às crianças o direito de escolher à base de plantas!”, escreveu a Oatly na descrição do vídeo. 

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*Imagem ilustrativa de capa: Bored Cow

Por Gabriela Catan em 30 de setembro
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