Uma pesquisa realizada pela Universidade Griffith, na Austrália, revelou que no último ano, 32,2% dos entrevistados optaram por diminuir o consumo de carne. Essa decisão foi frequentemente motivada por preocupações com a saúde, à medida que cresce a conscientização sobre a relação entre produtos de origem animal e doenças crônicas. Em segundo lugar, aparecem as preocupações ambientais e com o bem-estar animal como motivadores dessa mudança de hábito. Surpreendentemente, apenas 3,3% dos entrevistados aumentaram seu consumo de carne.

Consumo de carne

A maioria das pessoas que reduziram o consumo de carne afirmou que tinham a intenção de adotar uma dieta à base de vegetais, enquanto uma parcela menor (14,3%) estava simplesmente experimentando novos produtos, sem necessariamente planejar uma mudança permanente em sua dieta. Em resumo, os resultados sugerem um interesse significativo e uma disposição crescente para incluir alimentos à base de plantas na alimentação.

No entanto, alguns mencionaram obstáculos ao seguir uma dieta baseada em vegetais, incluindo a resistência de outros membros da família em reduzir o consumo de carne, a falta de conhecimento sobre como preparar refeições vegetarianas e os custos mais elevados envolvidos. Além disso, ao comer fora de casa, alguns participantes relataram dificuldades em encontrar opções adequadas de refeições vegetarianas.

Apesar das notícias na mídia denunciarem um possível declínio das alternativas à carne, uma pesquisa revelou que quase metade (45,6%) dos entrevistados envolveu alimentos à base de vegetais que imitam produtos de origem animal. No entanto, 32,8% preferem manter uma dieta baseada em alimentos vegetais tradicionais. Entre as proteínas vegetais mais populares, as leguminosas lideram, seguidas por tofu, tempeh, seitan e hambúrgueres vegetais.

Fatores principais

Dois fatores principais influenciaram os participantes na experiência de novos alimentos à base de vegetais: disponibilidade e custo. No entanto, aqueles que optaram por comprar esses alimentos repetidamente o fizeram principalmente devido ao sabor e ao valor nutricional. A Internet foi a fonte mais comum para descobrir novos produtos vegetais, com a maioria dos participantes usando essa plataforma. Além disso, 58,6% disseram ter descoberto novos alimentos ao visitar lojas e restaurantes.

Este estudo segue um relatório do início deste ano que indicou um crescimento dez vezes maior na indústria de proteínas alternativas na Austrália nos últimos anos. No entanto, a indústria enfrenta desafios relacionados com a infra-estrutura e problemas de abastecimento, além de reformas de regulamentação mais restritas na rotulagem de alternativas à carne.

De acordo com Sarah-Jane McCormack, diretora executiva da Agriculture Victoria Policy and Programs: “A Agricultura Victoria reconhece o potencial de crescimento das proteínas alternativas e de outros setores emergentes e acredita que essas indústrias oferecem oportunidades significativas para criar empregos, ampliar os fluxos de renda e atingir novos mercados e consumidores”.

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Por Ana Cristina Gomes em 29 de setembro
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