Em um movimento estratégico para conquistar de vez o paladar dos consumidores europeus, a Redefine Meat acaba de lançar uma nova geração de carnes vegetais que promete unir sabor e nutrição em níveis mais altos do que nunca.
Entre os primeiros lançamentos dessa nova fase estão o hambúrguer e a carne moída reformulados, que chegam ao mercado com menos gordura saturada, mais proteína e uma melhora significativa em sabor e textura — pontos cada vez mais decisivos na escolha dos consumidores que buscam alternativas à carne tradicional.
“Com esses novos produtos, conseguimos manter a qualidade premium que nossos clientes já conhecem, ao mesmo tempo em que entregamos os valores nutricionais que o público mais atento à saúde espera encontrar”, afirma Eshchar Ben-Shitrit, cofundador e CEO da empresa israelense.
Produtos mais nutritivos e com sabor mais próximo da carne
A Redefine Meat é conhecida por sua tecnologia exclusiva de impressão 3D aplicada à produção de carnes vegetais, sob a marca New Meat. Seu portfólio inclui opções que vão de carne bovina e suína até cordeiro em formatos como desfiados, moídos, linguiças, hambúrgueres e até cortes inteiros — todos já presentes em mais de 4.000 restaurantes em 10 países e em pontos de venda selecionados na Europa.
Agora, o novo hambúrguer e a carne moída da marca foram reformulados para atender ao padrão Nutri-Score A, a nota máxima do sistema de classificação nutricional europeu. Para isso, a empresa reduziu em até 90% a gordura saturada em comparação com versões anteriores, aumentou a quantidade de proteína por 100g de 11g para até 16g, e diminuiu o uso de metilcelulose para menos de 2%.
A promessa vai além da tabela nutricional: a empresa afirma que esses produtos atingem um novo patamar de sabor e textura, resultado de testes sensoriais com chefs, especialistas em carne e consumidores.
Impressão 3D, IA e menos ultra-processamento
A tecnologia por trás desses avanços envolve um processo patenteado de impressão 3D, que permite simular com precisão a estrutura fibrosa da carne animal. A técnica desagrega proteínas vegetais texturizadas e as reorganiza em uma massa à base de soja ou ervilha, com a finalidade de reproduzir a sensação e o visual da carne de verdade.
Além disso, a Redefine Meat usa inteligência artificial e machine learning para testar e ajustar receitas de forma mais ágil, encurtando o ciclo entre prototipagem e comercialização.
A empresa também busca responder a uma crítica frequente: o receio de que carnes vegetais sejam alimentos ultraprocessados e, por isso, pouco saudáveis. Apesar dessa percepção, especialistas reforçam que o grau de processamento não define sozinho o valor nutricional de um produto — e, nesse aspecto, a Redefine Meat tem bons argumentos: suas carnes vegetais são livres de colesterol, ricas em proteína e fibras, e com teores reduzidos de gordura saturada.
“Sabemos que há muita desinformação sobre os alimentos ultraprocessados. É preciso diferenciar o que realmente importa: um salgadinho industrializado não é comparável ao nosso produto, que é desenvolvido com foco em nutrição, funcionalidade e sabor”, defende Ben-Shitrit.
Sabor ainda é o principal desafio da categoria
Mesmo com os avanços no setor, o sabor segue sendo um dos maiores obstáculos para a consolidação das carnes vegetais. Uma pesquisa com 7.800 consumidores na Europa revelou que 87% consideram o sabor o fator mais importante na hora de escolher o que comer.
Apesar de uma parcela crescente de consumidores no Reino Unido e Alemanha estar reduzindo o consumo de carne animal por gosto pessoal, as proteínas de origem animal ainda lideram o ranking de preferência sensorial. Por isso, acertar no sabor é essencial para fidelizar flexitarianos e reduzir a dependência de consumidores veganos e vegetarianos já convencidos.
“Enquanto muitas marcas ainda não conseguem entregar uma experiência satisfatória no paladar, nossos novos produtos ampliam o padrão de qualidade que já oferecíamos, com um perfil mais carnudo, aprovado por chefs e testado por consumidores exigentes”, diz Ben-Shitrit.
Expansão na Europa e foco em novas preferências
A nova linha da Redefine Meat já começou a ser distribuída no varejo de países como Holanda, Alemanha e França, ampliando a presença da marca no continente. No Reino Unido, a empresa fechou parcerias com mais de 30 empresas durante o Veganuary, o que ajudou a dobrar suas vendas no food service em 2024.
Enquanto Alemanha e França registraram crescimento nas vendas de carnes vegetais, mercados como o britânico e o holandês enfrentam uma leve retração, com consumidores migrando para opções mais naturais e menos processadas, como proteínas vegetais em formato de tiras ou moídas.
De olho nessas tendências, a Redefine Meat aposta na combinação entre sabor, textura e uma composição nutricional mais alinhada com as expectativas de um público cada vez mais informado — mas que ainda não abre mão da experiência gastronômica.
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