No dia 30 de maio, a Quorn Foods organizou o seu primeiro Mycoprotein Summit, um encontro exclusivo de líderes de transformação que buscaram explorar o papel da proteína dos fungos em um futuro alimentar mais saudável e sustentável.

Realizado nos Jardins Botânicos Reais de Kew, em Londres, o Mycoprotein Summit inaugural foi um evento que reuniu apresentações de pesquisas e painéis de discussão com pioneiros, acadêmicos renomados e especialistas do setor, com foco especial nas proteínas à base de fungos.

Gemma Tadman, redatora e criadora de conteúdo da ProVeg International, foi convidada a participar desse evento inovador. Em seu mais recente artigo no New Food Hub da ProVeg, Gemma compartilha suas experiências, principais insights e recomendações para o setor empresarial.

Proteína dos fungos

Uma descoberta significativa surge das pesquisas científicas sobre a digestão dos aminoácidos presentes nas micoproteínas e seu potencial para promover o crescimento muscular.

Durante um painel de discussão no Mycoprotein Summit, o renomado palestrante Dr. Tim Finnigan, professor visitante da Northumbria University, compartilhou ideias com cientistas em início de carreira sobre seus projetos de pesquisa relacionados às micoproteínas. A maioria desses estudos concentrou-se na compreensão dos efeitos do Quorn no organismo e, por fim, na promoção da saúde.

Um estudo recente comparou os efeitos de uma dieta onívora com proteína animal de “alta qualidade”, com uma dieta saudável à base de plantas, utilizando micoproteína como fonte proteica. Os participantes do estudo seguiram um programa de treinamento de resistência de 10 semanas.

Alistair Monteyne, um cientista envolvido na pesquisa, concluiu que: “Os resultados demonstraram que a micoproteína é uma fonte de proteína de ‘alta qualidade’ capaz de promover o crescimento muscular quando incluída em uma dieta equilibrada.”

A questão da proteína é um tópico relevante no mundo dos alimentos de origem não animal – “De onde você obtém sua proteína?” é uma pergunta com a qual os consumidores vegetarianos, veganos, assim como os flexitarianos estão familiarizados.

No entanto, essa pesquisa preliminar indica que a micoproteína tem o potencial de se equiparar às proteínas de origem animal. Se esses resultados forem confirmados, poderão desempenhar um papel significativo no futuro, ao direcionar os consumidores para fontes de proteína mais sustentáveis.

Dietas ricas em micoproteínas não levam a deficiências

Monteyne e o Dr. Finnigan não foram os únicos cientistas a descobrir os benefícios do Quorn para a saúde. Durante o evento, o Dr. Finniga conversou com Benjamin Wall, cuja pesquisa revelou que pessoas com uma dieta rica em micoproteínas não apresentam deficiências nutricionais. Essa descoberta reforça ainda mais a qualidade nutricional da micoproteína como uma opção alimentar saudável e completa.

De acordo com Benjamin Wall: “Durante o estudo da dieta com treinamento de alta intensidade, o status de micronutrientes não foi afetado. Descobrimos que uma dieta rica em micoproteínas durante o treinamento de alta intensidade não leva a deficiências de certas vitaminas e nutrientes.”

O Dr. Finnigan perguntou: “Devemos redefinir a definição de qualidade da proteína?”

“Ainda precisamos observar como outros nutrientes interagem com a micoproteína”, respondeu Wall. “Definir a qualidade da proteína em relação à saúde muscular… é muito cedo para tirar conclusões, mas parece que a proteína vegetal/fungi pode ser melhor do que a proteína de origem animal.”

Produtos que comprovadamente promovem a saúde, resultarão em consumidores mais confiantes e saudáveis, aumentando assim a probabilidade de escolherem opções à base de plantas. Indubitavelmente, os produtos que incorporam proteínas de fungos estão posicionados para liderar o caminho em direção a um futuro alimentar mais sustentável e saudável.

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Imagem ilustrativa de capa: Pexels

Por Ana Cristina Gomes em 13 de junho
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