A marca de moda dinamarquesa Ganni apresentou bolsas de edição especial feitas com uma alternativa de pele plant-based chamada BioFluff, durante a Semana de Moda de Copenhague.

As bolsas são baseadas no design das populares bolsas Bou da Ganni, enquanto a pele é produzida pela startup de biomateriais BioFluff. Alegadamente, sendo a primeira alternativa de pele totalmente plant-based do mundo, o material é chamado Savian e contém fibras de plantas como urtigas, linho e cânhamo. É completamente livre de plásticos e pode ser colorido com corantes naturais. Em novembro, a BioFluff captou US$ 2,5 milhões em rodada inicial, liderado pelo investidor em tecnologia agrifood Astanor Ventures.

A Ganni também revelou bolsas feitas de outros dois materiais inovadores na Semana de Moda de Copenhague. Uma é fabricada com Celium, uma alternativa de couro produzida pela empresa espanhola de biomateriais Polybion. O material é produzido utilizando resíduos alimentares para alimentar bactérias, que geram celulose biodegradável que pode ser usada para produzir um material semelhante ao couro. Esse material pode ser tingido, gravado e curtido com as mesmas máquinas usadas na produção convencional de couro.

A terceira bolsa é feita de Oleatex, uma alternativa de couro feita a partir de resíduos de azeitona e materiais reciclados. O material foi um dos cinco vencedores na categoria de sustentabilidade no V-Label Awards do ano passado.

Soluções responsáveis

Anteriormente, a Ganni desenvolveu bolsas e carteiras feitas com a alternativa de couro à base de micélio da Bolt Threads, chamada Mylo. As bolsas foram lançadas em 2022; na época, a Ganni afirmou que o material era a primeira alternativa de couro livre de plástico que atendia aos seus rigorosos padrões de desempenho e durabilidade.

A marca também afirmou que planejava eliminar o uso de couro animal virgem até 2023, como parte de seus esforços para se tornar mais sustentável. Não está claro se esse objetivo foi alcançado, mas a Ganni continua a experimentar com alternativas de couro, como Vegea (feita a partir de resíduos de uva) e Ohoskin (feita a partir de resíduos de laranja e cacto, juntamente com plásticos reciclados). A marca também se tornou uma B Corp certificada desde então.

“É nosso trabalho criar soluções responsáveis que não apenas estejam no mesmo nível das ofertas tradicionais de produtos, mas as superem”, disse o fundador da Ganni, Nicolaj Reffstrup, em 2022.

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Por Vitor Di Renzo em 10 de fevereiro
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