Quer conhecer mais uma história para te inspirar a empreender no mercado vegano?
A Veggi é o primeiro aplicativo de Delivery Vegano do Brasil e recebeu um aporte financeiro de 1 milhão em 2021 da WOW Aceleradora, com o objetivo de expandir sua atuação territorial e aumentar seu plano de negócio de Florianópolis para outras cidades do país.
O co-fundador da plataforma, Leonardo Nones, participou do Founder Series do Vegan Business para contar a história da startup.
A ideia de criar um negócio vegano começou em 2017, de uma vontade de Nones e de seus sócios de empreender no mercado de alimentos.
Ele relatou: “Começamos em 2017, na época em que eu estava em meu primeiro estágio como assistente financeiro em uma empresa chamada We Cook. Ali eu conheci o Allan, meu atual sócio, que era líder do time de design. Nessa época, em meados de outubro de 2017, estava acontecendo a sinapses da Inovação que era um programa do governo para aportar R$ 60 mil em ideias inovadoras”.
Criar um negócio sustentável ganhou forma e nome com a chegada da pandemia, em 2019, depois da primeira empresa de marmitas sustentáveis não ter dado certo.
“A gente viu que não tinha muita aderência a nossa proposta de marmitas, primeiro porque o produtor tinha uma maturidade digital mais baixa e não estava acostumado a usar a plataforma e o cliente preferia continuar pedindo por Whatsapp. Para uma marmita de R$10,00 vinha uma quantidade de plástico que incomodava bastante. A nossa queda real de faturamento veio quando começou a pandemia. Por mais que o delivery tenha crescido bastante nessa época, como vendíamos para o pessoal que trabalhava em empresa, esse hábito não continuou no home office”, conta.
Foi então, que a história de mais uma startup brasileira teve um novo capítulo em meio aos desafios econômicos pelos quais o país enfrentava. Na tentativa de não cobrar taxa de comissão para os restaurantes aderentes ao MarmitApp, que antecedeu a Veggi, os empreendedores conheceram uma chef de restaurante vegano no sul da ilha de Florianópolis, que não tinha feito delivery até o momento, e que se interessou pelo serviço.
“Nessa época a gente só fazia a intermediação entre o restaurante e o produtor, que fazia a própria entrega. Nós já queríamos ter essa logística de ter entrega dentro da nossa plataforma, mas pela complexidade não tínhamos trazido ainda. Analisamos o cenário (vegano) e ela tinha quase 10 mil seguidores nas redes sociais, então acreditamos que ela ia entregar bastante. Colocamos um entregador que conhecíamos lá para fazer as entregas dela e fomos ver no que dava”, explicou.
Segundo Nones, a parceria deu tão certo que outros restaurantes veganos que acompanhavam o estabelecimento da chef nas redes sociais se interessaram em fazer parte do negócio. “O bom do ecossistema vegano é que ele é muito conectado. E não tem essa competição. Todo mundo quer que o outro cresça e por mais que um restaurante esteja do lado do outro, quanto mais gente tiver aderindo à proposta vegana, mais todo mundo vai se beneficiar”.
De um mês para o outro, mais de 90% da receita da empresa era vegana. Os sócios estudaram o mercado e viram uma enorme oportunidade de não só gerar um impacto social, que queriam com o MarmitApp, mas também gerariam um impacto ambiental enorme. Assim, decidiram empreender no mercado vegano.
“Quando você troca um prato com carne por um de origem vegetal, você economiza milhares de litros de água e gás carbônico na atmosfera. Aqui vimos uma oportunidade de ser uma plataforma de impacto socioambiental. A gente achou que ia ter um impacto no faturamento por ser um prato que não tinha carne, mas foi totalmente o contrário. Tivemos um crescimento quase de 100% de receita”.
Foi com esse aumento de receita que a Veggi foi criada, mas ao mesmo tempo surgiram alguns problemas, segundo Leonardo. Com o aumento dos pedidos, a demanda por uma infra estrutura e disponibilidade de mais entregadores surgiu. A plataforma cresceu em um ritmo mais conservador, mas depois de garantir aporte financeiro em 2021 a empresa vai expandir.
“O tamanho desse mercado é difícil de mensurar, porque não existem dados a respeito. Depois eu fui descobrir que Florianópolis tinha mais do que o dobro e o triplo, do que eu tinha mapeado no começo, de estabelecimentos totalmente veganos. Eu acompanhei pelo Instagram um negócio novo aparecendo por semana. É um mercado enorme que está crescendo em um ritmo muito rápido. Outra coisa que surpreendeu positivamente foi a receptividade dos investidores, porque o receio que eu tinha no começo era de não conseguir vender a ideia do tamanho do mercado vegano”.
Ao Founder Series, Leonardo Nones se aprofundou na negociação que teve com os investidores que garantiu 1 milhão de reais para a Veggi crescer. Os desafios de empreender no mercado vegano e no Brasil também foram apontados por Nones. Mas o otimismo e as dicas valiosas para quem quer criar uma startup vegana e investir nesse nicho foram interessantes. Confira a entrevista na íntegra acessando o Founder Series no Canal no Youtube do Vegan Business.
Assista o vídeo do Founder Series e se inspire para empreender no mercado vegano
Não se esqueça de se inscreva no canal para estar sempre atualizado com essas histórias inspiradoras de empreendedores no mercado vegano.
Aproveite e leia também:
Conheça a história da Chameleon Sun no Founder Series
CEO da Veggly é o primeiro convidado da Founder Series no Youtube do Vegan Business