Com tantas mudanças em curso o Dia da Terra assume importância global.

“Todas as pessoas têm direito a um ambiente capaz de sustentar a vida e promover a felicidade.”

Essas foram as palavras da  Declaração de Direitos Ambientais de Santa Bárbara, onde surgiu o primeiro Dia da Terra do mundo. A data, 28 de janeiro de 1970, foi escolhida para coincidir com o aniversário de um ano de um grande derramamento de óleo na costa da Califórnia. Poucos meses depois, o que começou com um pequeno, mas comprometido grupo de ativistas – de estudantes a senadores – floresceu em uma chamada global à ação. Um reconhecimento de que a forma como tratamos nosso planeta tem impacto em nossas vidas e nas vidas de nossos filhos e netos.

Agora, 51 se passaram e podemos afirmar que a consciência pública já coloca o ambientalismo no centro das políticas emergentes. Temos informação suficiente para que nossas águas se tornem mais limpas e nosso ar mais puro, mas nossas comunidades continuam poluídas. Ademais, um desafio que poucos previram em 1970 se tornou a questão definidora de nosso tempo: a mudança climática.

Obviamente, a mudança climática é um problema complexo que exigirá soluções em várias frentes, desde como transportamos pessoas e mercadorias até como fabricamos cimento e aço. Mas como podemos impactar a mudança na hora de escolher os alimentos que colocamos em nossos pratos?

Dia da Terra e a mudança climática

Quando a maioria de nós pensa em como reverter a mudança climática, é provável que  as escolhas alimentares não sejam as primeiras da fila. Contudo, se considerarmos que o nosso sistema alimentar global é responsável por cerca de 22% do total das emissões de gases de efeito estufa, a forma que lidamos com nossos alimentos tem um papel importante nessa conta. Os cerca de  13,7 bilhões de toneladas métricas de CO2  necessárias para produzir nossos alimentos anualmente são  equivalentes  às emissões anuais de exaustão de todos os carros, trens, navios e aviões do planeta.

Portanto, se neste Dia da Terra você deseja impactar positivamente o planeta e pensa em reduzir as emissões de gases de efeito estufa, uma das maneiras mais imediatas de fazê-lo é trocando carne por plantas.

A carne é problemática, não só para a nossa saúde, mas também para a do planeta. A agricultura animal é uma das principais causas das questões ambientais mais urgentes do mundo, sendo responsável por pelo menos 10% das emissões mundiais de gases de efeito estufa.

Nos Brasil, a pecuária industrializada  impulsiona o desmatamento  e as emissões de gases de efeito estufa, que alimentam as mudanças climáticas. Assim, a menos que transformemos nossos sistemas alimentares, o que inclui práticas agrícolas animais e mudanças na dieta, estamos preparados para um mundo ainda mais quente, que, por sua vez, trará mais secas, incêndios florestais, surtos de insetos e  eventos climáticos extremos .

Escolhas simples que fazem a diferença

A boa notícia é que o carbono é carbono, não importa a fonte. Qualquer medida que você possa tomar para reduzir o CO2 – desde limitar as viagens aéreas até a instalação de painéis solares – ajuda a combater as mudanças climáticas. Cortar ou reduzir o consumo de carne é algo que quase qualquer pessoa pode fazer. Essa pequena mudança pode causar um grande impacto.

Nossas escolhas alimentares são soluções simples que só dependem de nós, ao contrário de outras tão complexas que envolvem políticas econômicas e de mercado. Acreditamos que cada um de nós tem esse poder de impactar positivamente o planeta e isso acontece a cada refeição, em cada alimento que escolhemos colocar em nossos pratos.

É nossa responsabilidade agir dentro do nosso possível e garantir que não destruamos a nossa Terra. Por isso, neste Dia da Terra, considere essas questões, incluindo o impacto ambiental de suas escolhas alimentares.

Leia também: 30% do planeta apoia a dieta baseada em plantas como política climática

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