A foodtech Shandi que produz frango vegetal, localizada em Cingapura, fechou a segunda rodada seed de investimento e levantou US$ 700 mil. Com o valor, a empresa irá montar sua fábrica no país para escalar e comercializar seus produtos, além de expandir suas parcerias no setor alimentício.
A empresa também pretende criar outros análogos de carne e desenvolver mais texturas e formatos para seus produtos.
Quem liderou a rodada foi a Tolaram (marca africana de alimentos embalados), a aceleradora SparkLabs Cultiv8 (que trabalha com agritechs e foodtechs) e o investidor anjo Simmarpal Singh, antigo CEO da Louis Dreyfus na Índia, empresa comercializadora e processadora de produtos agrícolas.
A fundadora e CEO, Dra. Reena Sharma, falou em um comunicado à imprensa: “Estamos entusiasmados em trazer a bordo uma variedade de investidores estratégicos, de uma grande empresa de alimentos a uma empresa de capital de risco específico do setor, bem como um investidor anjo”.
Ela acrescentou: “Isso representa uma forte validação de nossa tecnologia e produto, e estamos ansiosos para trabalhar com nossos investidores para passar para a próxima fase e trazer nossos produtos ao mercado”.
Essa é a primeira vez que a Tolaram investiu no setor de proteínas alternativas.
O Diretor Executivo de Cingapura, Deepak Singhal, falou: “Continuamos a ver um forte crescimento na categoria de proteínas alternativas, especialmente quando opções mais acessíveis se tornam disponíveis para os mercados emergentes”.
Também relatou sobre o investimento: “Acreditamos que a Shandi pode ser um divisor de águas, pois criaram um substituto de frango que não só tem gosto e se comporta como a carne animal, mas também tem um preço equivalente. Estamos ansiosos para ajudá-los a entrar no mercado e crescer, utilizando nossos recursos, rede e experiência na construção de marcas de consumo desde o início”.
Sobre a foodtech de frango vegetal
A foodtech de frango vegetal foi fundada em 2019, pela especialista e vegetariana Dra. Reena Sharma.
Os ingredientes de seus produtos são naturais e não transgênicos, utilizando: proteína de ervilha, grão-de-bico, quinoa, semente de linho, arroz integral e óleo de coco. A empresa também afirma que não utiliza aromatizantes artificiais e aditivos.
A tecnologia utilizada (ainda com patente pendente) produz o produto isolando os aminoácidos específicos das plantas para imitar o perfil dos aminoácidos encontrados no frango de origem animal.
Utilizando os aminoácidos naturais, a empresa consegue produzir uma carne vegetal que libera certas móleculas (denominadas pré-cursores) no processo de cozimento.
Assim, segundo a Shandi, o frango vegetal pode ser vendido a um preço muito competitivo.
A empresa também explicou no comunicado que deseja lançar uma linha de produtos para food services e fabricantes de alimentos no primeiro trimestre de 2022, e depois disponibilizar um produto para o consumidor no varejo.
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*Imagem de capa: Pexels