A ciclista profissional Emily Ehrlich acaba de alcançar um marco importante na carreira ao vencer a prova de contrarrelógio feminino do Campeonato Nacional de Ciclismo de Estrada dos Estados Unidos, realizado no início deste mês. Representando a equipe Virginia’s Blue Ridge Twenty 28 — considerada uma das mais fortes no cenário feminino norte-americano — Ehrlich se consagra agora como campeã nacional da modalidade em 2025.

A disputa, tradicional no calendário do ciclismo dos EUA, desafia as atletas a percorrer um trajeto de 32,3 km (20,1 milhas) em um formato de ida e volta, bastante técnico e relativamente plano. Ehrlich garantiu a primeira colocação no dia 21 de maio, com um tempo impressionante de 43 minutos e 4 segundos — mantendo uma média de 45 km/h.

“Essa vitória significa tudo pra mim”, disse Ehrlich ao Cycling Weekly. “Desde que comecei a competir, esse era o objetivo que eu mais desejava alcançar. É como se tudo o que fiz até aqui tivesse me levado exatamente a este momento.”

Uma trajetória de performance e propósito

Emily não é apenas destaque por seu desempenho nas pistas. Vegana desde 2019, ela leva o estilo de vida plant-based como uma extensão de seus valores pessoais, enraizados em seus estudos budistas. Segundo ela, foi impossível ignorar os impactos da agropecuária ao se aprofundar no tema — e a transição para o veganismo foi uma consequência natural.

“Há muita força em viver de acordo com os nossos princípios”, declarou em entrevista ao Plant Based News. “Ser vegana me ajuda a alinhar minhas escolhas pessoais com a forma como quero impactar o mundo — dentro e fora do esporte.”

Além da recente conquista no campeonato nacional, Ehrlich também venceu neste ano o Pan-Americano de contrarrelógio e garantiu seu quarto título na tradicional prova Valley of the Sun. Desde que começou a competir, em 2017, ela já participou de mais de 400 provas.

Alimentação plant-based como aliada da performance

A rotina alimentar de Emily reflete sua dedicação à saúde e ao rendimento esportivo. Ela prioriza uma dieta rica em alimentos integrais, com alto teor de fibras e densidade nutricional. Aveia com leite de soja e canela é o café da manhã de todos os dias, e ela garante pelo menos sete porções diárias de leguminosas — como tofu, edamame e feijões variados.

“Me sinto com mais energia e maior consistência no desempenho desde que passei a comer mais grãos, folhas verdes e leguminosas”, explicou. “Não tenho dificuldade nenhuma para atingir minhas metas de proteína — tudo vem dos alimentos de verdade.”

Ehrlich também destaca a importância das folhas verdes como espinafre e couve, que aparecem com frequência em suas refeições, como massas com vegetais e grãos. Para ela, a combinação entre sabor, praticidade e valor nutricional torna esses alimentos indispensáveis para manter a performance em alto nível diariamente.

Veganismo e esporte de alto rendimento

Emily não é a única atleta de elite que associa o veganismo à melhora no rendimento esportivo. A britânica Anna Henderson, medalhista olímpica e também ciclista de contrarrelógio, fez a transição ao compreender a ligação entre os animais e o consumo de carne. Ambas compartilham a esperança de que mais atletas reconheçam os benefícios desse estilo de vida.

“Foi uma mudança transformadora pra mim”, declarou Henderson. “Espero que outros ciclistas também façam essa escolha em breve.”

O caso de Emily Ehrlich reforça o que pesquisas e a prática já vêm mostrando: uma alimentação à base de plantas, bem planejada, pode não apenas sustentar, mas potencializar o desempenho de atletas de ponta. E, ao mesmo tempo, carrega a força de um posicionamento ético que inspira e transforma muito além do esporte.

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