O autor Leandro Franz está lançando um novo livro, “A libertação dos bichos”!

O livro é uma tradução do clássico “A revolução dos bichos”, com adaptação de alguns pontos da história e alinhando ela ao nosso país. O intuito é aproximar os leitores brasileiros da clássica história de libertação animal que Orwell descreveu em 1945.

O lançamento oficial acontecerá presencialmente no dia 6 de maio (sábado) no Bistrô Lovegan, que reverte a renda para Santuário Animal Sente.

Para te deixar com ainda mais vontade de ler o livro, segue um trecho que mostra bem a adaptação para o contexto do nosso país!

“O Brasil é rico, o clima é bom, produzimos riquezas mais que o suficiente para toda a população. Então por que continuamos na miséria?”

A libertação dos bichos – Leandro Franz

Entrevista com o autor Leandro Franz

Realizamos uma entrevista com o autor para saber um pouco mais sobre o que o leitor brasileiro pode esperar dessa nova adaptação!

Confira a entrevista abaixo!

Como surgiu a ideia de adaptar “A revolução dos bichos” para o olhar dos leitores brasileiros?

Eu já tinha feito isso com “O Pequeno Príncipe”. Lancei uma tradução adaptada em 2017, chamada “A Pequena Princesa”, adaptando alguns personagens e situações, mas mantendo a mensagem do clássico de Exupéry. Aí, durante a pandemia, foi o texto de Orwell que caiu em domínio público, o que permite adaptar de maneira criativa a história. A própria Editora Letramento que me trouxe a ideia e, como era um dos meus livros preferidos, não pensei duas vezes.

Para quem já leu o livro original, o que esperar dessa nova versão?

Uma proximidade e conexão maior com a mensagem que Orwell quis passar. Como a história agora se passa em uma fazendinha no Sul do Brasil, por animais, nomes dos personagens e plantações serem mais locais, e até pelo hino da libertação ser abrasileirado (e não um louvor “aos animais da Inglaterra”), quem for ler pela primeira vez vai se conectar imediatamente. Quem for reler, terá boas surpresas, pois o cenário de totalitarismos do Século XXI está trazendo lembranças do ambiente vivido pelo autor no início do Século XX.

Qual foi a sua principal motivação ao escrever esta releitura da “A revolução dos bichos”?

Trazer, aos leitores brasileiros, uma experiência mais próxima das grandes mensagens do livro. Paulo Freire, inclusive, resume bem: “quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor”. E isso vale para nosso ambiente político e para nossas escolhas diárias, em nossa relação com animais humanos e não humanos.

Qual o impacto que a sua obra pode causar para promover uma maior conscientização sobre os direitos animais?

Conexão e empatia. Como todo o livro se dá pela ótica dos animais, como eles conversam e mostram suas amizades, sonhos, medos, esforços de trabalho, acredito que as pessoas leitoras podem dar um passo a mais na consideração e no respeito com os animais.

Qual é a mensagem mais importante que você espera transmitir aos leitores através do seu livro?

Para os veganos: a utopia da libertação dos bichos não precisa ser só utopia. Mas precisa do envolvimento de cabeças muito diferentes. Precisamos de união na energia, mas com liberdade na diversidade de caminhos possíveis até a libertação animal. No livro, vemos que isso não foi seguido e o resultado foi amargo.

Para os não veganos: os bichos sentem. Os bichos anseiam pela libertação. Não existe “bem-estar animal” sem liberdade para eles.

Você acredita que a libertação animal pode ser alcançada em um futuro próximo, ou é um objetivo distante e utópico?

Acredito que tem um componente de aceleração. O mais difícil é agora, saltar de 5% para 10%, depois para 20% de veganos no mundo. Quando pensamos em uma libertação animal 100% perfeita, parece mesmo impossível. Mas e se pensarmos em 50% de libertação animal? Parece mais factível isso em 10 a 20 anos, não? Essa é janela de tempo em que coloco minhas esperanças. Faz meio século do lançamento de Libertação Animal de Peter Singer. Não podemos demorar mais tantas décadas para sermos pelo menos metade da população. E aí, quando atingirmos 50% de veganos no mundo, nossa força de pressão na indústria e na cultura global será tão grande que se torna inevitável o caminho para os 100% em curtíssimo prazo.

Sobre o autor

O escritor e economista Leandro Franz, já ganhou diversos prêmios! Venceu o Frapa e 2º lugar no Guiões de Portugal.

Leandro já possui 10 livros publicados, entre eles: “A Pequena Princesa”, “No Útero de Paulo, o Embrião não Nascerá”, “Por Toda Vida, Carolina”, assim como “120 dias de Corona”.

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Imagem de capa: Leandro Franz Instagram

Por Ana Cristina Gomes em 24 de abril
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