A Sway está desenvolvendo um plástico biodegradável à base de algas!

Em 2023, a crescente dependência mundial do plástico se tornou uma preocupação ainda mais urgente, com as Nações Unidas divulgando um relatório alarmante sobre a crise do escoamento plástico, declarando-a como uma emergência global. Com a produção anual de 1 trilhão de libras de plástico e menos de 10% desse volume sendo reciclado, a busca por uma solução livre de plástico para embalagens se tornou uma das questões ambientais mais críticas de nosso tempo.

Plástico à base de algas

Nesse contexto, surge a Sway, uma startup inovadora que busca enfrentar esse desafio. A empresa utiliza biomateriais provenientes de algas marinhas para substituir a funcionalidade do derivado plástico de petróleo. Ao mesmo tempo, a Sway se empenha em trabalhar em harmonia com os ecossistemas da Terra, garantindo que suas soluções sejam conscientes e amigas do meio ambiente.

A Sway, fundada por Julia Marsh, Matt Mayes e Leland Maschmeyer, destaca-se como uma das principais startups dedicadas à utilização de algas marinhas para replicar plásticos. Embora não seja a primeira empresa a explorar essa abordagem, seus produtos são indiscutivelmente impressionantes. A empresa utiliza extratos extraídos, conhecidos como “ficocolóides”, para produzir materiais de última geração que superam diversas propriedades úteis do derivado plástico de petróleo.

Além disso, a empresa se posiciona como um exemplo de “design regenerativo”, buscando contribuir para a construção de um modelo sustentável. Seu plástico transparente de base biológica é completamente biodegradável e pode ser compostado em casa, oferecendo uma solução amigável ao meio ambiente. Com essa abordagem, a Sway demonstra seu compromisso em oferecer produtos que não apenas substituem o plástico convencional, mas também se decompõem naturalmente, confiantes na redução do consumo e cuidado com o planeta.

Parcerias

A Sway estabelece parcerias com comunidades costeiras que são severamente sustentadas pela sobrepesca global e outros desafios ecológicos, ajudando-as no cultivo de algas marinhas. A empresa destaca que esse processo é tolerado, pois as algas são uma matéria-prima acessível, não requerendo fertilizantes ou pesticidas e demandam pouco equipamento.

Além disso, Sway enfatiza que todo o seu processo de produção se integrar facilmente ao maquinário existente. Isso permite que a empresa aproveite a infraestrutura já existente, acolhendo os custos de implementação e aumentando a escalabilidade de sua solução. A abordagem da Sway demonstra sua preocupação em colaborar com as comunidades internacionais, impulsionando o desenvolvimento sustentável e promovendo a viabilidade econômica local.

Sustentabilidade

Ao colaborar com a infraestrutura já existente e adotar práticas regenerativas em toda a sua cadeia de valor, o Sway demonstra sua experiência em desenvolver materiais que “nutrem o planeta, do mar ao solo”. Além de aliviar o fardo da poluição plástica em aterros sanitários e oceanos ao redor do mundo, a empresa ressalta que a aquicultura de algas marinhas oferece uma solução resiliente às mudanças climáticas para diversas economias costeiras.

Ao promover o cultivo sustentável de algas marinhas, a Sway contribui para a preservação dos ecossistemas marinhos, oferecendo oportunidades para as comunidades de costeiras. Essa abordagem sustentável não apenas enfrenta a crise do plástico, mas também fortalece a resiliência das regiões costeiras diante dos desafios climáticos. Com sua visão abrangente e práticas inovadoras, a Sway está comprometida em cuidar de uma transformação positiva, protegendo os oceanos e proporcionando um futuro mais sustentável para todos.

Para crescer ainda mais a sua missão, a empresa levantou até agora US$ 2,5 milhões em investimento préseed.

De acordo com a empresa: “Escolher o Sway significa mudar de insumos intensivos em carbono, como o petróleo, defendendo assim um recurso regenerativo que restaura os ecossistemas naturais e sociais”.

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Imagem ilustrativa de capa: Divulgação Sway

Por Ana Cristina Gomes em 19 de junho
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