O Papa Francisco, líder da Igreja Católica e chefe de estado do Vaticano, fez uma declaração em uma carta dirigida a Conferência da Juventude da União Europeia, evento que ocorreu entre 11 e 13 de julho. No documento, falou da necessidade de reduzir o consumo de carne, combustíveis fosseis e coisas consideradas supérfluas. 

Papa Francisco pede para reduzir o consumo de carne

“É urgente reduzir o consumo não só de combustíveis fósseis, mas também de muitas coisas supérfluas. Também em algumas áreas do mundo seria conveniente consumir menos carne, isso também pode ajudar a salvar o meio ambiente”, destacou o chefe de estado, conforme mencionado no Euronews.green

Independente da religião, essa é uma notícia positiva para o bem-estar animal. Para ter uma ideia, segundo dados do Anuário Pontifício da edição de 2022, o número de católicos batizados ficou em 1,36 bilhão em 2020, se compararmos com 2019 o número era de 1,34 bilhão, revelando um aumento. 

O Papa Francisco também foi nomeado Pessoa do Ano pela People for the Ethical Treatment of Animals (PETA) no ano de 2015, ganhando o título após pedir no tratado Laudato Si’ (2015), para todos os cidadãos tratarem os animais com bondade e respeitarem o meio ambiente.

“O coração é um só, e a própria miséria que leva a maltratar um animal não tarda a manifestar-se na relação com as outras pessoas. Todo o encarniçamento contra qualquer criatura é contrário à dignidade humana”, diz um trecho do documento em português. 

No mesmo Laudato Si’, foi citado que o “clima é um bem comum, um bem de todos e para todos”, mencionando o aquecimento global e a necessidade da humanidade tomar consciência da importância de modificar seus hábitos. 

“A humanidade é chamada a tomar consciência da necessidade de mudanças de estilos de vida, de produção e de consumo, para combater este aquecimento ou, pelo menos, as causas humanas que o produzem ou acentuam”, continuou o documento. 

O chefe do estado também apareceu na COP26 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de 2021), ali líderes religiosos se comprometeram a fazer sua parte para conduzir os fiéis a um estilo de vida mais sustentável, bem como assinaram um apelo pedindo que o mundo atinja zero emissões líquidas de carbono o mais rápido possível. É dito: “Herdamos um jardim, não devemos deixar um deserto para nossos filhos”. 

Até o momento, o Papa não é vegetariano nem vegano, mas é informado que favorece uma dieta simples. A notícia do USA Today, veiculada em 2013, revelou que gosta do prato Bagna Cauda, típico da culinária do Piemonte (região italiana), produzido com alho, anchovas, azeite de oliva, creme de leite fresco e também manteiga. 

No ano de 2019, o líder religioso recebeu o convite de adotar o veganismo durante a Quaresma – período do ano anterior a Páscoa Cristã – da ativista de direitos animais Genesis Butler, na época com 12 anos e vegana desde os 6 anos de idade, em uma campanha liderada pela Million Dollar Vegan. 

A instituição havia oferecido US$ 1 milhão para alguma instituição de caridade escolhida pelo chefe de estado, caso ele aceitasse a ideia. Ele respondeu a carta, abençoando a ativista, porém não confirmou se aceitaria ou não o desafio.

Dessa forma, segundo notícia do Vegconomist, a organização doou US$ 100 mil para a Chills on Wheels, voltada para tornar o veganismo acessível a comunidades carentes. O valor foi direcionado para auxiliar os sobreviventes do Furacão Maria – ciclone que atingiu a região caribenha em 2017. 

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*Imagem de capa: PxHere / CC0 Domínio público

Por Amanda Stucchi em 15 de julho
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