O Clube Laguna, localizado em Seridó Potiguar (RN), é o primeiro time de futebol profissional vegano do Brasil!

A combinação do veganismo e os esportes reúne respeito aos animais e uma vida mais saudável, pois uma dieta vegana equilibrada favorece a saúde e é indiscutível o quanto a atividade física pode auxiliar no nosso bem-estar. 

A iniciativa foi criada por Gustavo Nabinger com outros sócios: “Dois dos três sócios-fundadores são veganos há anos e um está no caminho de se tornar, portanto, isso era um valor inegociável e algo natural quanto a criação da empresa. Não faria sentido o Clube oferecer alimentação de origem animal, bem como suplementação e insumos para operação. Acreditamos que é uma oportunidade de desmistificar o veganismo no meio esportivo e despertar a consciência e reflexão na sociedade através do exemplo”, ele comentou. 

Vale destacar que o Clube será o segundo time de futebol vegano do mundo. O primeiro é o Forest Green Rovers, localizado na Inglaterra, tendo recebido em seu menu o selo Vegan Trademark da The Vegan Society no ano de 2017. 

Conforme apontou o Hypeness, apesar de nem todos os jogadores serem veganos, as refeições servidas aos mesmos são feitas com esses critérios em mente. 

O time de futebol vegano Clube Laguna: surgimento, estruturação e previsão de início das atividades 

O fundador relatou que a iniciativa teve a primeira semente num projeto social em 2011, junto com a vontade de ver um clube profissional tratando o futebol como entretenimento e ferramenta de impacto socioambiental. 

“Desde o começo de 2021 passamos a estruturar a empresa, com o desenvolvimento do plano de negócios, estudos de mercado, etc. Agora o clube está filiado a Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF) e é a primeira Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Rio Grande do Norte”, esclareceu. 

O Clube Laguna se considera uma startup de impacto socioambiental através do entretenimento, com o futebol sendo seu principal produto. Algumas formas que pretendem causar impacto são ações alinhadas com seus valores: 

  • Conectar atletas, entidades e comunidade. 
  • Fazer ações de sustentabilidade e projetos sociais. 
  • Fazer eventos dentro da comunidade. 
  • Ações com patrocinadores e parceiros. 
  • Educação e conscientização dos atletas.
  • Usar as mídias sociais de forma intensa. 

A fase de estruturação contou com a contratação de uma equipe de consultoria em 2021 para realizar os sprints de negócios, bem como outra para fazer o branding.

“Simultaneamente, realizamos estudos de mercado, localização, mapeamento de atletas em potencial e profissionais para o corpo técnico”, adicionou Gustavo. 

Após isso, entre o final de 2021 e começo de 2022, organizaram a parte jurídica e contábil com um escritório de advocacia e de contabilidade, com o objetivo de criarem a SAF: “Juntamente com uma consultoria financeira projetando os próximos 10 anos. O passo seguinte foi a abertura da empresa, a primeira SAF do Rio Grande do Norte, segunda do nordeste, e a consequente filiação do clube a FNF”, continuou. 

O Clube confirmou sua participação no Campeonato Potiguar de Futebol — Segunda Divisão (previsto para o início de outubro), com planos de iniciar os treinamentos na segunda quinzena de agosto. 

O veganismo nos esportes 

Diversos esportistas adotam o veganismo, por exemplo: Marta (futebolista brasileira), Micky Papa (skatista canadense) Evelyn Santos (fisiculturista brasileira), Vivian Kong (esgrimista de Hong Kong), Alex Morgan (futebolista norte-americana), entre outros. 

A carne de origem animal não é necessária nos esportes 

Conforme informações do Eu Atleta, em conversa com a nutricionista Luna Azevedo e o endocrinologista Yago Fernandes, após parar de comer carne por um mês existe uma melhora no humor, disposição e também no desempenho na atividade física. 

Já se o produto não for consumido durante um ano, há uma melhora nos estados antioxidantes e anti-inflamatórios, o que pode ajudar o sistema imunológico a se recuperar depois de feito o exercício físico. Por último, depois de dez anos sem consumir, há uma melhora na performance esportiva. Legal, não é? 

“Muitas pessoas poderiam performar melhor até sem carne e não sabem disso. Esse equivoco vêm da supervalorização da proteína em detrimento de outros macro e micronutrientes. A proteína é de fato importante para o esporte, porém, ninguém nunca constatou e provavelmente isso não vai acontecer, de que a fonte proteica precisa vir da carne do animal. Pode ser obtida de qualquer fonte”, mencionou o nutrólogo Dr. Kaue Kranholdt em uma entrevista que fizemos

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*Imagem ilustrativa de capa: Unsplash 

Por Amanda Stucchi em 5 de julho
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