A Mosa Meat, empresa holandesa especializada em carne bovina cultivada, deu um passo importante em direção ao mercado europeu ao solicitar sua primeira aprovação de Novel Foods na União Europeia. O pedido busca autorização para a comercialização de sua gordura cultivada, um ingrediente desenvolvido para ser combinado com produtos vegetais e criar alternativas de carne, como hambúrgueres, almôndegas e molhos à bolonhesa.

Agora, o produto passará por avaliação da Comissão Europeia (EC) e da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA). A regulamentação da UE exige que os ingredientes cultivados sejam analisados individualmente, em vez de os produtos finais serem avaliados como um todo, o que torna o pedido da Mosa Meat um marco no setor.

Essa é apenas a segunda vez que um produto cultivado entra no processo de Novel Foods da UE — o primeiro foi o foie gras da Gourmey, submetido no ano passado. Estima-se que a análise da gordura cultivada da Mosa Meat leve cerca de 18 meses para ser concluída.

“A essência do sabor”

Em 2022, a Mosa Meat captou €40 milhões em uma rodada altamente disputada. Os recursos estão sendo usados para ampliar os processos de produção, reduzir custos e preparar o lançamento de seus produtos no mercado.

Pouco depois, a empresa realizou a primeira degustação oficial de carne bovina cultivada na União Europeia. O hambúrguer apresentado recebeu elogios por seu sabor autêntico, com participantes afirmando que “realmente tem gosto de carne”. O produto também impressionou o chef Hans van Wolde, detentor de duas estrelas Michelin, que destacou o sabor marcante e a textura única proporcionada pela gordura cultivada.

“Estamos ansiosos para colaborar com as autoridades regulatórias e garantir total conformidade com os requisitos de segurança”, afirmou Maarten Bosch, CEO da Mosa Meat. “A gordura é a essência do sabor, e desenvolvemos um ingrediente que oferece a experiência culinária rica que os consumidores esperam da carne bovina convencional. Essa inovação não apenas melhora nossos Mosa Burgers, mas também tem o potencial de elevar produtos vegetais, que frequentemente não conseguem replicar plenamente a experiência sensorial da carne.”

Confira a matéria publicada no vegconomist.

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