A proteína é parte essencial da nossa nutrição, representando cerca de 17% do peso do corpo e é o principal componente de nossos músculos, pele, órgãos internos, especialmente o coração e o cérebro, além de nossos olhos, cabelos e unhas.
Nosso sistema imunológico também requer proteína para ajudar a produzir os anticorpos necessários ao combate de infecções, e a proteína também desempenha um papel na regulação da glicemia, no metabolismo das gorduras e na função energética .
Os alimentos proteicos se decompõem em 22 aminoácidos, conhecidos como os blocos de construção das proteínas. Destes, nove são conhecidos como aminoácidos essenciais, o que significa que devemos obtê-los dos alimentos, pois o corpo não pode produzi-los.
Aumento da demanda por proteína vegana
Como vegano, é importante que todos esses aminoácidos sejam incluídos na dieta para fornecer uma nutrição ideal e, portanto, o crescimento do mercado de proteína vegana é uma consequência natural do aumento no número de veganos ao redor do mundo.
Associado a isto, há também uma tendência global de preocupação com a saúde e crescimento do estilo de vida mais saudável, o que aumenta a demanda por suplementos proteicos veganos.
A maioria dos suplementos de proteína disponíveis no mercado ainda são derivados de matérias-primas de origem animal, como o leite. No entanto, gigantes da indústria de suplementos estão se concentrando no desenvolvimento de produtos de proteína à base de plantas para fortalecer sua presença na crescente indústria de produtos veganos.
Assim, há uma boa oportunidade em oferecer proteína vegana de qualidade a um público sedento por novidades e colaborar ainda mais para o crescimento desse mercado.
Crescimento do mercado de proteína vegana
À medida que cresce o número de adeptos ao veganismo, cresce também a demanda por proteína vegetal. De acordo com o mais recente relatório de inteligência de negócios da Transparency Market Research, esse mercado experimentará elevado crescimento nos próximos oito anos e os fabricantes tem diante de si uma gigantesca oportunidade de mercado.
O mercado global de proteínas à base de plantas deverá crescer a uma CAGR de 8,1% a partir de 2019, atingindo 14,32 bilhões de dólares até 2025, segundo relatório da Meticulous Research.
O relatório destaca que a proteína de soja já bem estabelecida e possui os preços mais competitivos do mercado, no entanto, inúmeras outras alternativas à carne provocam ondas na categoria como proteína de ervilha , trigo, feijão e lentilha, principalmente experimentando crescimento devido ao “aumento da preferência do consumidor por alimentos e ingredientes vegetais, crescente conscientização e demanda por produtos alimentícios ricos em proteínas, versatilidade dessas proteínas, compatibilidade com estilos de vida vegetarianos e veganos e tendência crescente de rótulos limpos”.
Considerando a oferta atual de produtos e suplementos de proteína vegana, há uma enorme gama de possibilidades para o crescimento deste mercado, como por exemplo, criação de sabores inovadores e incomuns, que agradem o paladar dos consumidores e ofereçam o suporte nutricional adequado.
Segmentação do mercado
O mercado de proteína à base de plantas possui segmentação de dar inveja ao de produtos similares de origem animal.
Ora, os inúmeros segmentos também representam as infinitas possibilidades de ampliação, o que apenas corrobora com as tendências apresentadas nos últimos relatórios.
A Transparency Market Research segmenta o mercado da seguinte forma:
Com base na fonte:
- Quinoa
- Ervilhas verdes
- Aveia
- Nozes
- Amêndoa
- Caju
- Noz
- Pistache
- Avelã
- Soja
- Verduras e legumes folhosos
- Outros (amaranto, batata, arroz, etc.)
Com base na natureza:
- Orgânico
- Convencional
- Com base na forma:
- Em pó
- Líquido
Com base no sabor:
- Chocolate
- Baunilha
- Morango
- Outros (banana, frutas vermelhas)
Com base na aplicação:
- Bebidas
- Suplementos
- Pós nutricionais
- Lacticínios
- Lanches
- Outros (bares, comida humana e comida animal)
O mercado de proteína vegana no Brasil
Não estranhe se no decorrer dos próximos anos a oferta de produtos à base de plantas crescer exponencialmente nas prateleiras dos mercados e nos menus de bares, restaurantes e lanchonetes brasileiras.
Mesmo num país de apaixonados por carne e produtos de origem animal, como o Brasil, a tendência também é de crescimento da demanda por produtos à base de plantas. E isso inclui a proteína, seja ela in natura, em produtos processados ou suplementos.
Tudo isso porque, é esperado que a população vegana desempenhe um papel crítico no crescimento deste mercado, à medida que os clientes se tornam mais compreensivos e sensíveis aos animais, como também, mais cientes das condições e do ambiente em que são criados.
A saúde e o bem-estar animal são as principais razões para os clientes escolherem ingredientes à base de plantas. Os clientes estão procurando produtos proteicos muito mais seguros, devido às preocupações crescentes com a segurança alimentar associadas ao uso de diferentes tipos de antibióticos e hormônios em produtos alimentícios.
Da mesma forma, vários consumidores sofrem de intolerâncias e alergias de origem alimentar, o que levou a inclinação do consumidor a substitutos à base de plantas, como o isolado de proteína vegetal, fatores que provavelmente catalisam o crescimento do mercado.
Espera-se também que um maior foco em alimentos orgânicos contribua para o crescimento como resultado do crescente surgimento de novas tendências de alimentos nos países desenvolvidos, e consequentemente, nos países em desenvolvimento, que é o caso do Brasil.
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