A carne cultivada, também conhecida como carne de laboratório, é produzida a partir de células do animal vivo e desenvolvido com tecnologias de bioengenharia, ou seja, sem abate.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) estima que a demanda por carne deve aumentar em mais de dois terços nos próximos 40 anos. Porém, atualmete os métodos de produção não são nada sustentáveis.

Dessa maneira, a carne de laboratório surge como uma opção sustentável que mudará para sempre a maneira como comemos e encaramos os alimentos.

Por que estão produzindo carne cultivada?

Ao pensarmos na carne cultivada, é normal nos perguntarmos o porquê de necessitarmos dessa nova alternativa. Dessa forma, é relevante entendermos os motivos de precisarmos de um sistema alimentar mais sustentável.

A demanda global por carne impulsionou o desmatamento no mundo inteiro.

A fonte dessa informação é o relatório anual da Fleischatlas, publicado pela Fundação Heinrich Böll e Friends of the Earth Europe, que visa divulgar os impactos da indústria agropecuária no planeta.

A cadeia de produção de carne bovina desmata terras para cultivar soja e alimentar rebanhos de gado. A WWF informa que cerca de 79% da soja mundial vira ração animal, enquanto somente 18% são destinados para o consumo humano.

Dados do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente na Amazônica) apontam que o desmatamento da Floresta Amazônica cresceu 29% em 2021, sendo o pior número em 10 anos.

Como acontece a produção?

O processo para gerar a carne cultivada consiste em retirar células do animal em uma biópsia indolor e nutrir essas substâncias até que criem um tecido muscular. Esse tecido é o principal componente consumido da carne animal.

Logo, com o tecido formado, temos como resultado um material igual ao da carne normal. O sabor e a textura dependem do laboratório responsável por criar a carne de laboratório e da qualidade de vida que o animal teve.

A carne cultivada é um produto de alta tecnologia que tem potencial para ser ecologicamente e moralmente responsável. Contudo, vale ressaltar que ela só pode se tornar uma alternativa à carne tradicional conquistando o mercado mundial, ou seja, com preço acessível para o consumidor e lucrativo para o produtor, o que exige técnicas de produção de alto volume e baixo custo.

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Imagem ilustrativa de capa: Getty Images

Por Ana Cristina Gomes em 6 de janeiro
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