A Planet A Foods, empresa de tecnologia alimentar focada em ingredientes sustentáveis, captou US$ 30 milhões em uma rodada série B. O objetivo é aumentar a produção industrial do ChoViva, um chocolate alternativo sem cacau, além de expandir sua presença no mercado internacional.

A rodada, que ultrapassou as expectativas, contou com investimentos de firmas como Cherry Ventures, World Fund e Bayern Kapital. Com esse novo aporte, a empresa visa intensificar sua missão de oferecer alternativas sustentáveis para a indústria alimentícia.

De acordo com o CEO e cofundador, Dr. Maximilian Marquart: “Com US$ 30 milhões em novos recursos e um produto líder no setor, a Planet A Foods deixou de ser apenas uma startup – estamos no caminho para nos tornarmos um player importante na transformação da indústria de alimentos sustentáveis.”

Enfrentando desafios em um setor de US$ 130 bilhões

A indústria global de chocolates, avaliada em cerca de US$ 130 bilhões, enfrenta crescentes desafios relacionados às mudanças climáticas, desmatamento e instabilidade nos preços do cacau. A produção de cacau está associada à perda de biodiversidade, além de depender de cadeias de suprimentos vulneráveis.

Nesse cenário, o ChoViva surge como uma solução alternativa. Livre de cacau, o produto reduz significativamente o impacto ambiental e oferece maior estabilidade de preços em comparação com a volatilidade do cacau. Já utilizado em mais de 20 produtos de confeitaria, o ChoViva está disponível em mais de 42.000 pontos de venda na Alemanha, Áustria e Suíça.

Após uma bem-sucedida rodada série A no início do ano, o novo investimento série B, liderado por Burda Principal Investments e Zintinus, permitirá que a Planet A Foods amplie sua capacidade de produção de 2.000 para 15.000 toneladas anuais.

Expansão para novos mercados

Operando em uma instalação certificada pelo padrão IFS, a empresa mantém parcerias estratégicas para garantir qualidade consistente em larga escala. Após o sucesso nos mercados de língua alemã, a Planet A Foods planeja expandir para o Reino Unido e França no início de 2025, além de explorar parcerias para ingressar nos mercados dos EUA e da Ásia.

Julian von Eckartsberg, diretor-gerente da Burda Principal Investments, comentou: “Nosso investimento na Planet A Foods reflete nosso compromisso em apoiar soluções inovadoras que enfrentem desafios globais cruciais, como a produção sustentável de alimentos.”

Ele acrescentou: “Estamos empolgados em ajudar a Planet A Foods a escalar seus negócios, expandir a marca ChoViva para novos mercados e promover sistemas alimentares e cadeias de suprimentos mais resilientes e conscientes do clima em escala global.”

Alternativa ao cacau: inovação sustentável

Fundada em 2021 pelos Drs. Sara e Maximilian Marquart, a Planet A Foods busca solucionar problemas ambientais e econômicos associados à produção tradicional de cacau. O ChoViva, feito a partir de sementes de girassol por meio de um processo de fermentação exclusivo, reproduz o sabor e a textura do chocolate, enquanto reduz as emissões de carbono em até 80%.

Daria Saharova, sócia fundadora do World Fund, destacou: “Construir tecnologias alimentares de classe mundial é crucial para o futuro do planeta. Precisamos urgentemente acabar com a exploração excessiva de recursos naturais ameaçados, como o cacau. Poucas empresas conseguiram escalar alternativas sustentáveis, e a Planet A Foods é uma exceção.”

Parcerias com grandes empresas

A Planet A Foods já colabora com nomes de peso, como Lindt, Deutsche Bahn e o Grupo Rewe, uma das maiores redes de supermercados da Alemanha. Produtos de marca própria contendo ChoViva já foram lançados pela Rewe, evidenciando o crescente interesse do varejo por soluções alimentares sustentáveis.

Concluindo, Marquart reforçou: “Nossa missão permanece a mesma: oferecer ingredientes alimentares sustentáveis, desvinculados da volatilidade de preços e dos recursos limitados como o cacau. Este financiamento nos permitirá ampliar a produção, alcançar novos mercados e atender grandes empresas globais de confeitaria em larga escala.”

Confira a matéria publicada no vegconomist.

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