A marca de proteínas alternativas, Algama Foods, é uma empresa francesa que desenvolve proteínas através de algas. O ingrediente é proveniente de fontes marinhas limpas e cultivadas de forma sustentável. 

Recentemente, a empresa venceu o concurso FEAMP 2020 Blue Economy Window, lançado pela Comissão Europeia, que apoia as tecnologias sustentáveis voltadas para a economia azul — termo relacionado a valorização dos recursos do oceano e conservação desses ecossistemas. 

O concurso falou sobre os vencedores: “Os projetos selecionados abrangem um vasto leque de setores, com uma boa representação — este ano — da bioeconomia azul e em particular das algas, mas também da aquicultura, transportes verdes e energias renováveis ​​offshore, dados de cobertura digital do oceano e tecnologia subaquática”. 

Com os € 2 milhões, a empresa pretende finalizar a pesquisa e o desenvolvimento de sua linha vegana que imita atum e salmão defumado, chamada de “Seafood Algternative”, além disso, também contratará mais 20 pessoas para sua equipe. 

O co-fundador da Algama, Alvyn Severien, destacou para o Vegconomist: “Este apoio financeiro da Comissão Europeia valida a nossa estratégia, iniciada há vários anos, de desenvolver soluções alimentares 100% vegetais e texturizadas graças às algas e microalgas”. 

Ele também acrescentou: “Esta nova geração de produtos é um verdadeiro avanço em comparação com as iniciativas atuais no mercado, a Seafood Algternative é uma resposta credível e escalonável aos principais desafios alimentares”. 

Benefícios das algas como proteínas 

Quais são os benefícios das algas como proteínas?

“A célula de microalga nunca morre, realmente fica dormente quando as condições climáticas não estão favoráveis e, assim que essas mudam, o ambiente está novamente adequado para o crescimento”, explicou a FAO sobre a microalga espirulina. 

A organização também mostra que o produto é muito rico em proteínas, rendendo 20 vezes mais proteínas por acre do que a soja, 40 vezes mais do que milho e, olha só, 200 vezes mais do que a carne bovina! Isso demonstra o poder da alga na alimentação das pessoas. 

“Suas propriedades de alto teor de proteínas, vitaminas, minerais e micronutrientes são boas para os doentes (HIV / AIDS), crianças e bebês desnutridos e para os que se preocupam com a saúde”, apontou. 

A FAO também relatou que em alguns momentos a espirulina foi comercializada como um medicamento, porém, é só um suplemento alimentar que pode ajudar no nosso sistema imunológico. 

Investimentos da empresa 

A Algama Foods contou um pouco sobre sua trajetória de investimentos.

No começo, conseguiram dinheiro com amigos e família, depois receberam somatórias de investidores anjos.  Atualmente, eles levantam verbas de fundos de capital de risco como a Horizons Ventures e Blue Horizon, bem como os investidores de impacto Beyond Impact e CPT Capital, por exemplo. 

Por enquanto, a empresa não está aceitando investimentos individuais, mas, eles incentivam os investidores a ficarem atentos às suas novidades através da assinatura de sua newsletter

O total de investimentos recebidos pela empresa é de 8,5 milhões de euros.

Sobre a marca de proteínas alternativas

“O objetivo da Algama é alimentar 10 bilhões de pessoas até 2050, enquanto preserva o planeta e oferece aos consumidores mais e melhores escolhas em alimentos”, afirmou uma comunicação.

Essa marca foi fundada em 2013, pelos seguintes fundadores: Alvyn Severien, Gaetan Gohin e Mathieu Goncalves Alves. 

A ideia de criar a empresa surgiu quando Alvyn e Gaëtan concluíram que essa era uma solução viável para nosso atual sistema alimentar. 

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*Imagem de capa: Reprodução Algame Foods / via página

Por Amanda Stucchi em 22 de outubro
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