É fácil entender quando se fala em inovação na produção de alimentos veganos, mas o conceito de inovação vegana em cuidados com a pele pode ser um pouco confuso.

Sobretudo, no gigantesco mundo dos ingredientes que compõem os produtos cosméticos, que prometem manter a pele jovem e saudável, ainda reinam substâncias de origem animal.

Existem certos ingredientes que devem ser evitados?

Primeiramente, quando se se fala em cuidados com a pele a substância que vem à cabeça da maioria das pessoas é o colágeno. É certo que o colágeno é importante para a saúde e beleza da pele, uma vez que faz o papel de suporte estrutural e mantem a pele firme.

Contudo, há outra proteína igualmente importante chamada elastina. A saber, esta, como o próprio nome sugere, é responsável pela capacidade elástica que a pele tem, e que possibilita que quando esticada, retorne ao seu formato de origem.

A elastina é a segunda proteína mais abundante no corpo. Infelizmente, à medida que envelhecemos, os níveis de elastina começam a diminuir. Isso leva a um declínio na elasticidade da pele, bem como na formação de rugas e linhas finas.

Sobretudo, nos cuidados com a pele, é comum encontrar produtos com elastina em sua composição, mais comumente encontrados na forma de cremes e séruns hidratantes.

Mas qual o problema com a elastina?

Antes de mais nada, indivíduos veganos seguem uma dieta livre de carne e subprodutos animais, como leite ou queijo. Assim como essas restrições alimentares, o cuidado com a pele vegano também evita os ingredientes de origem animal ao formular produtos.

Além disso, por definição, os produtos veganos para cuidados com a pele não são produzidos a partir de um animal ou subproduto animal. Assim, isso significa que ingredientes tradicionais como cera de abelha, mel, colágeno, lanolina e queratina não são usados.

De modo similar, a elastina não fica de fora, pois o componente é geralmente retirado dos ligamentos do pescoço e na aorta de bovinos. Portanto, se trata de um produto de origem animal, que deve ficar fora das opções veganas.

O que há de inovação vegana na área?

Por causa de uma demanda crescente, as formulações cosméticas estão começando a incluir alternativas veganas e mais ecológicas para os cuidados com a pele. Por exemplo, os retinoides – agentes antienvelhecimento muito eficazes, que agem na regeneração celular, esfoliação e síntese de colágeno.

No entanto, tem efeitos colaterais indesejados. Nesse sentido, a novidade inovadora fica por conta da stevia, que já pode ser considerada uma alternativa mais suave e natural aos retinoides.

Mas não para por aí, a novidade do momento fica por conta de um lançamento da startup de biotecnologia Geltor: o primeiro ingrediente de elastina a 100% à base de plantas.

Como já mencionado, a elastina usada para produtos de consumo é historicamente derivada de fontes animais. A tecnologia de fermentação da Geltor usada para criar o ingrediente não requer insumos humanos ou animais, mas oferece uma alternativa ultra-pura e biocompatível.

O que vem por aí?

É certo que, com o lançamento do Elastapure, a Geltor continua a se estabelecer como o parceiro de inovação e ingrediente preferido das principais marcas de consumo.

Isso demonstra também, que a resposta à inovação tecnológica por parte de clientes e usuários finais tem estimulado o surgimento de novos produtos. Seja através da compra de um ingrediente do portfólio “pronto para uso”, como o Elastapure, ou através dos serviços personalizados da Geltor, startup fornece a solução ideal para marcas que desejam novos bioativos alinhados com seus valores.

Nos próximos meses, a Geltor planeja comercializar proteínas adicionais para sua linha crescente de ingredientes ativos biocompatíveis para cuidados com a pele, incluindo seu primeiro colágeno ingerível e isento de animais.

Qual é a onda?

Parece que a inovação está na vanguarda da mente de todas as marcas de cuidados com a pele por um bom motivo. Ele impulsiona as vendas e cria setores com grande apoio dos consumidores.

Sem dúvidas, a inovação está agora em um nível histórico, com um novo creme milagroso ou super ingrediente aparecendo todas as semanas. No entanto, não se trata apenas de inovação por inovação, a onda agora pede por produtos limpos e éticos.

Claramente, há demanda por desenvolvimentos de ponta neste mercado. Nem tudo que é inovador permanece, mas a inovação vegana em cuidados com a pele parece ter poder de permanência e continuará a se expandir nos próximos anos.

Entenda mais sobre a tendência da indústria da beleza vegana e saiba por que cresce a busca por cosméticos veganos no Brasil.

Por Nadia Gonçalves em 28 de abril
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