A empresa de tecnologia alimentar The Better Meat Co., sediada em Sacramento, recebeu um investimento de US$ 1,4 milhão do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DoD) como parte do Programa de Fabricação Bioindustrial Distribuída (DBIMP). Esse aporte será destinado à produção do ingrediente exclusivo da empresa, o micoproteína Rhiza.
O DBIMP, que visa fortalecer as capacidades bioeconômicas dos EUA enquanto aprimora as capacidades avançadas de defesa do DoD, anunciou recentemente sete concessões para empresas bioindustriais. A The Better Meat Co. foi uma das contempladas, junto a outras companhias como Industrial Microbes, Modular Genetics, ZymoChem e Biosphere, cobrindo cinco áreas prioritárias de materiais de defesa: alimentos, combustíveis, condicionamento físico, fabricação e poder de fogo. Esses investimentos não médicos visam construir capacidades domésticas nos EUA e ajudar a mitigar futuros riscos na cadeia de suprimentos.
“Os Estados Unidos terão uma grande vantagem ao assumir um papel de liderança na biofabricação, especialmente quando se trata de métodos eficientes e inovadores de produção de alimentos”, afirmou Paul Shapiro, CEO da The Better Meat Co.
A The Better Meat Co. é especializada na transformação de fungos microscópicos, por meio de um processo de fermentação, em uma proteína de alta qualidade conhecida como micoproteína Rhiza. A empresa, que atua como fornecedora de ingredientes para outras fabricantes de alimentos, oferece Rhiza como uma alternativa sustentável de proteína.
Aprovação da FDA
Recentemente, a empresa recebeu o reconhecimento da Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA), que emitiu uma carta de “sem objeções” em resposta à determinação da empresa de que o Rhiza é Geralmente Reconhecido como Seguro (GRAS).
O investimento do DoD será utilizado para ampliar a produção de Rhiza, que já está sendo produzida em grandes quantidades na planta piloto da empresa em Sacramento. O sistema de fermentação de 9.000 litros da planta já completou 100 colheitas, resultando em uma redução significativa no custo do Rhiza. A empresa relatou que pode produzir a micoproteína “da semente à colheita” em apenas algumas horas, alcançando paridade de custo com a carne bovina comum.
Biotecnologia para a segurança nacional
A Secretária Adjunta de Defesa para Pesquisa e Engenharia, Heidi Shyu, destacou a importância desses investimentos: “O Presidente Biden pediu ao Departamento de Defesa que avaliasse como a agência pode usar a biotecnologia para tornar nossas cadeias de suprimentos mais resilientes, criar empregos no país e fortalecer a economia dos Estados Unidos. Esses investimentos significativos ajudarão a cumprir essa missão, aproveitando todo o potencial e poder da biotecnologia para avançar na segurança nacional e econômica.”
Confira a matéria publicada na vegconomist.
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