Ontem, dia 22 de agosto de 2023, foi celebrado o Dia Mundial do Leite Vegetal. O motivo desse sabor especial é simples: o mercado não para de crescer! O setor registrou um crescimento impressionante, com taxas de quase dois dígitos no varejo nos últimos anos. Isso é evidenciado no relatório da Bloomberg intitulado “Plant-Based Foods Poised for Explosive Growth”.
De acordo com esse documento, o mercado de lácteos alternativos está previsto para atingir quase US$ 67 bilhões em todo o mundo até 2031. Essa tendência não se limita aos varejistas, pois as lanchonetes também estão acompanhando o movimento.
Leite vegetal
De acordo com Henrique Pin, barista da NotCo no Brasil, esses estabelecimentos cada vez mais precisam adaptar os seus cardápios à nova demanda, de forma que os cafés não percam sua essência, tanto na qualidade como no sabor. “O consumidor que opta por tomar leite vegetal em casa, seja por intolerância ou estilo de vida, também quer poder ter essa opção de escolha fora dela. Portanto, a oferta desse produto se torna um verdadeiro diferencial para o cliente, que passa a priorizar aquela cafeteria na sua rotina”.
O especialista em café também destaca alguns desafios que surgem durante essa transição. Esses desafios exigem alternativas que não comprometam o sabor, a aparência e a textura da bebida, exatamente como o NotMilk, linha de leites vegetais da foodtech. “Este é um exemplo que atende tanto aos clientes com restrições alimentares quanto aqueles que optam por adotar uma alimentação flexitariana ou à base de plantas. Isso ocorre principalmente devido à sua semelhança com o leite de origem animal em termos de sabor, desempenho e valor nutricional. Isso facilita o armazenamento e a incorporação, seja para os clássicos do menu ou para as novas adições”, destaca.
Ao considerar esses desafios, o Pin apresentou cinco dicas para ajudar as cafeterias a contribuir para o consumo de leites à base de plantas e ajustar seus cardápios de acordo com essa tendência significativa. Confira:
1# Tenha bons fornecedores
Uma cafetaria não está limitada a apenas um fornecedor de leite vegetal, mas sim pode escolher aqueles que se alinham com a visão do negócio. Nos dias de hoje, é comum encontrar estabelecimentos que oferecem uma variedade de opções de leite vegetal, seja para preparar bebidas à base de café ou para uso na cozinha e confeitaria. Para o barista, essa diversidade é essencial para oferecer escolhas aos clientes e também para facilitar uma transição gradual em direção à alimentação à base de plantas.
“Gosto de considerar que tudo ainda está evoluindo, especialmente porque temos novas gerações que cresceram com a popularização dos leites vegetais. Isso significa que os estabelecimentos precisam se adaptar de acordo com suas preferências, sem necessariamente tomar grandes decisões. forma abrangente e criteriosa é uma abordagem que facilita essa adaptação natural, minimizando obstáculos”, enfatiza.
2# Harmonize sabores da forma certa
A harmonização de sabores desempenha um papel crucial ao unir o leite vegetal ao cardápio da cafeteria, sempre seguindo a visão do proprietário. Introduzir o produto de maneira natural e gradual pode ser benéfico para os funcionários ao preparar bebidas nas quais o café é o destaque, como cappuccinos e lattes.
Além disso, ao explorar combinações mais criativas que incluam a alternativa à base de plantas, não há o risco de mascarar o sabor do café, especialmente quando ele é o elemento principal. Isso é particularmente relevante em opções que apresentam sabores intensos da base vegetal ou aromatizantes fortes, como a baunilha.
3# Controle a temperatura
Certamente, uma das primeiras barreiras ao preparar bebidas que envolvem café e leites vegetais é o processo de vaporização na máquina de espresso. Enquanto os leites de origem animal têm suas próprias características, as diferenças se tornam ainda mais evidentes quando se trata de substitutos à base de plantas. Muitas vezes, pode ser necessário ajustar a temperatura ou a introdução de ar de maneira diferente para esses leites vegetais.
“Nesse sentido, exemplos como o NotMilk são ótimos por promoverem uma vaporização tranquila e crescimento rápido. E, controlando a temperatura para ele não ferver – cuidado comum para qualquer processo desse tipo -, essa parte da produção não terá problemas”, explica.
4# Preste atenção nos outros ingredientes
O leite vegetal precisa estar presente no cardápio de qualquer cafeteria com a mesma importância dos demais insumos. O produto é uma porta de entrada para tornar o menu mais conciso, agradável e saboroso aos clientes que o consomem.
5# Faça bebidas diferenciadas
Adotar o leite vegetal no cardápio possibilita testar bebidas novas, como Matchá, Chai, Frapê, Bubble Tea. Para Pin, há todo um universo de opções que para explorar, inclusive alcoólicas.
“O café é um mundo à parte e podemos encontrar certas combinações inusitadas todos os dias. Atualmente, tenho explorado bastante cafés de torra média ou escura, com perfis de sabor puxando para um frutado ou caramelo e doçura alta, assim como aqueles que têm menos acidez para gerar melhores harmonizações. O NotMilk traz vantagem pelo sabor mais neutro e cor branca, fazendo com que a construção de bebidas autorais seja um processo menos complicado”, conclui.
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