O Mercado Livre possui um programa chamado de “Empreender com impacto + Biodiversidade”, buscando impulsionar negócios que contribuam positivamente para a conservação dos biomas brasileiros da Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Nessa edição, houve mais de 250 inscritos com 90 negócios selecionados, que passarão por três meses de capacitação sobre como vender no Mercado Livre, com conteúdos sobre estratégia comercial, logística e marketing digital e também haverão mentorias individuais. Os produtos desses negócios estarão visíveis na seção “Produtos de Impacto Positivo”, além de ter taxas bonificadas e soluções logísticas.
As capacitações terão duração de 15 horas, e as mentorias de 20 horas. Os negócios também poderão acessar crédito e conseguir soluções do Mercado Pago, bem como formar parcerias e conexões com os participantes e parceiros do Mercado Livre.
Para além de atuar nos biomas estabelecidos, os critérios considerados para a seleção das empresas foram os seguintes:
- Gerar um impacto socioambiental positivo (com geração de renda e/ou conservação da biodiversidade e de modos de vida tradicionais);
- Ter mais de 1 ano de operação e CNPJ ativo, produtos que já podem ser comercializados (tem embalagem, rótulo e estoque);
- Maturidade do negócio (com canais de vendas e gestão estruturada);
- Composição da equipe (considerando a experiência no mercado e a disponibilidade para implementar uma estratégia online).
Conforme veiculado, 49 desses empreendimentos são da Amazônia, 23 da Mata Atlântica e 18 do Cerrado, sendo que a maioria é feito por comunidades como a indígena, quilombola ou ribeirinha, por exemplo. A categoria dos negócios se concentra mais em alimentos e bebidas, cosméticos e artesanatos. Para completar, mais de 50% na liderança desses negócios são pessoas negras e mais da metade são mulheres.
Dessas empresas vencedoras já citamos a Ekilibre Amazônia, que vende creme dental vegano, mas além da pasta de dente, a marca também vende produtos para o cabelo, rosto e corpo. Todos considerados veganos, sem sintéticos ou conservantes. Além disso, a página da empresa afirma: “80% das matérias-primas são adquiridas de cooperativas da bacia amazônica, comunidades ribeirinhas e indígenas”, além disso, as embalagens são feitas de vidros e algumas também em plástico reciclado, sendo que o fundador Kairós Kanavarro deseja que todas sejam biodegradáveis. Para verificar todas as empresas, é possível ver a lista completa no Neo Mondo.
Projeto Biomas: outro programa feito para os biomas brasileiros
Apesar das inscrições para o Empreender com Impacto já terem encerrado, falamos aqui no Vegan Business sobre o Projeto Biomas, do Good Food Institute Brasil, que também valoriza os biomas da Amazônia ou do Cerrado, mas, esse é voltado para pesquisadores. Conforme dito na matéria, as inscrições se encontram abertas até o dia 15 de julho, e o aporte será de até R$ 135 mil em cada projeto.
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*Imagem de capa: Divulgação Mercado Livre
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