A empresa alemã Kynda, especializada em fermentação industrial de biomassa, anunciou a captação de €3 milhões em rodada de investimentos.
A rodada foi liderada pela Enjoy Ventures, por meio de seu fundo Invest-Impuls Scale Fund, e contou com a participação do processador de aves PHW Group e do investidor suiço de tecnologia climática Clima Now. Além disso, o fundo de impacto C.E.L.L. Investment também se unirá à empresa em uma segunda fase de financiamento.
A Kynda desenvolve tecnologias de fermentação e biorreatores capazes de transformar subprodutos da indústria alimentícia em micoproteínas de alta qualidade. O novo investimento ajudará a empresa a ampliar a produção de proteínas sustentáveis a partir de fermentação fúngica.
“Muitos de nossos clientes necessitam de milhares de toneladas de produtos. Esse investimento nos permite aumentar a capacidade produtiva junto a nossos parceiros para atender essa demanda e chegar ao mercado em larga escala”, afirmou Daniel MacGowan, cofundador da Kynda.
Tecnologia escalável e expansão da produção
As micoproteínas produzidas com a tecnologia proprietária da Kynda possuem textura semelhante à da carne, gorduras incorporadas às células e um sabor umami natural. O método permite que empresas utilizem fluxos secundários da indústria alimentícia, reduzindo significativamente o consumo de água, as emissões de gases do efeito estufa e os custos de transporte em comparação aos métodos tradicionais de produção de proteínas.
Com o novo investimento, a Kynda planeja expandir a produção em sua nova unidade localizada em Jelmstorf, próximo a Hamburgo, prevista para inauguração no segundo trimestre de 2025. Além disso, o grupo PHW se tornará um parceiro estratégico da empresa.
Nos últimos anos, a PHW Group tem investido fortemente no mercado de proteínas alternativas, com participações em empresas como a produtora de carne cultivada Mosa Meat. Em 2024, o grupo anunciou a criação da subsidiária VTEC Precision Foods, dedicada à fermentação para extração de ingredientes a partir de subprodutos vegetais.
“Um investimento e parceria no campo da fermentação baseada em fungos era, portanto, o próximo passo lógico para nós”, declarou Marcus Keitzer, membro do conselho de proteínas alternativas do grupo PHW. “Essa parceria estratégica possibilita sinergias promissoras que facilitarão a implementação e comercialização de nossos produtos”, concluiu.
Confira a matéria publicada no vegconomist.
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