De acordo com um relatório recente da ResearchAndMarkets.com, estima-se que o mercado global de carnes à base de plantas seja avaliado em US $ 12,1 bilhões em 2019 e deverá atingir US$ 27,9 bilhões (R$ 107 bilhões) em 2025, com uma taxa de crescimento anual composta de 15% durante esse período.

Um artigo publicado pela Food Revolution Organization mostra que, em 2018, o número de veganos nos EUA cresceu 600% nos últimos três anos. O crescimento da população vegana do Reino Unido quadruplicou entre 2014 e 2018. Além disso, na região da Ásia-Pacífico, espera-se um alto crescimento de países como China, Cingapura, Austrália e Nova Zelândia devido à crescente demanda por alimentos orgânicos para esta região. A região da Ásia-Pacífico também é composta pela maior população vegetariana do mundo, que deve criar uma oportunidade lucrativa para os produtores de carne à base de plantas. Além disso, a expansão internacional de dois fabricantes dos EUA – a Impossible Foods em Cingapura e a Beyond Meat na China – deverá impulsionar as vendas de carne à base de vegetais.

No Brasil, ainda não existem pesquisas que indiquem o número de pessoas veganas, no entanto, em pesquisa feita pelo IBOPE em 2008 é possível saber que cerca de 8% da população brasileira é vegetariana, ou seja, não consome carne, porém ingerem ovos e laticínios.

O relatório mostra que o mercado de carnes à base de plantas está sendo impulsionado de forma mais significativa pela crescente aceitação em dietas flexitarianos na América do Norte. Existe uma demanda dos consumidores por carnes à base de plantas por questões de saúde éticas, ambientais e crescentes, relacionadas explicitamente a fontes de proteína de origem animal.

Existem vários segmentos de fontes de carne à base de plantas que devem contabilizar as ações mais significativas em 2019.

  • Estima-se que a soja seja responsável pela maior parte do mercado de carnes de origem vegetal. É um dos principais ingredientes em produtos que incluem hambúrgueres, tiras e nuggets, salsichas e almôndegas. É também uma alternativa comum à carne de porco, carne bovina, frango e peixe, devido ao seu alto teor de proteína.
  • Estima-se que o segmento de hambúrgueres seja responsável pela maior fatia, devido à sua popularidade. Esses players criaram parcerias de distribuição com canais de varejo e restaurantes em nível global. Por exemplo, a Impossible Foods tem uma presença generalizada no mercado dos EUA, com distribuição em mais de 4.000 locais no país. Além disso, em abril de 2018, a norte-americana Beyond meat fez parceria com a alemã PHW Group para distribuição de hambúrguer em toda a Europa.
  • Frango é a fonte mais comum de proteína entre os clientes na região da Ásia-Pacífico. Com as crescentes preocupações com a saúde relacionadas às proteínas animais, os consumidores estão optando por fontes baseadas em vegetais, o que também impulsionou as vendas de alternativas protéicas. As preocupações dos consumidores sobre a degradação ambiental causada pela criação de animais para alimentação e o sofrimento dos animais estão, até mesmo, desempenhando um papel na crescente demanda.
  • A região da América do Norte está projetada para ser o caminho mais rápido para ser o mercado que mais cresce em 2019. Os EUA são apoiados pelos principais players – Impossible Foods e Beyond Meat – que iniciaram as tendências de carne à base de plantas. Além dessa tendência, os consumidores continuam adotando dietas flexitárias.

O crescimento das carnes à base de plantas no período de previsão de 2017 a 2025 continua a crescer, como relatamos em 2018.

Por Victor Goes em 11 de junho
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